(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MANIFESTAÇÃO CONTRA ELEIÇÃO

Acampamento bolsonarista na Raja tinha 'gato' de energia

Operação da PBH nesta sexta-feira desmontou acampamento bolsonarista que, há mais de dois meses, ocupava Avenida Raja Gabaglia


06/01/2023 16:49 - atualizado 06/01/2023 17:09

Trio Elétrico em manifestação bolsonarista
Estrutura da manifestação fazia uso clandestino de energia elétrica (foto: Bernardo Estillac/EM/ D.A. Press)
O acampamento de bolsonaristas que ficou montado durante mais de dois meses em frente ao Comando da 4ª Região Militar, na Região Oeste de BH, roubava energia elétrica fazendo o popular “gato”, para abastecer a manifestação. A informação foi divulgada em entrevista coletiva na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nesta sexta-feira (6/1), horas após ação do Executivo Municipal que desmobilizou o protesto.

“A operação encontrou uma estrutura com carro de som de alta potência, ligação de luz clandestina, diversas barracas de bebidas, comidas e banheiros químicos no logradouro público, tudo sem o devido licenciamento urbanístico, o que contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a desobstrução de todas as vias e locais públicos relacionados a esses atos”, disse o prefeito Fuad Noman (PSD).


Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocupavam ao menos duas pistas da Avenida Raja Gabaglia em protesto contra o resultado das urnas e demandando intervenção militar. A estrutura contava com dezenas de barracas, mobília, banheiros químicos e um trio elétrico usado para amplificar discursos, hinos e orações entre os manifestantes.

De acordo com o comandante da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, Júlio César de Freitas, o gato foi feito para abastecer o veículo com caixas de som e a precariedade da ligação elétrica poderia causar acidentes.


“É o famoso gato. Quando a gente chegou para abordar, identificou que o fio estava no poste. Ele foi retirado pela Cemig, porque corria risco inclusive de acidente com a eletricidade. A Cemig apoiou, retirou o material e a ocorrência está sendo registrada junto à Polícia Civil”, disse o comandante.

A operação da PBH aconteceu um dia após manifestantes agredirem um fotógrafo do jornal Hoje em Dia, que trabalhava no local. O profissional, de 60 anos de idade, passou a noite no hospital após receber ataques na cabeça. Mais jornalistas foram agredidos durante a cobertura da desmobilização do acampamento.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)