O empresário bolsonarista do ramo têxtil Esdras dos Santos foi às redes sociais, na tarde deste sábado (7/1), comemorar uma "vitória" na Justiça.
Isso porque o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou ao pedido de Esdras para que ele possa retomar o acampamento na avenida Raja Gabaglia, região Oeste de Belo Horizonte, em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar. A barraca havia sido desmontada em uma ação da Guarda Municipal.
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Ação na Justiça
A ação do empresário pedia autorização para que os manifestantes pudessem voltar ao local e que os objetos apreendidos fossem devolvidos. Contudo, a decisão vale apenas para Esdras, ou seja, apenas ele pode voltar ao local, retomar o acampamento e novamente se manifestar, se assim desejar.
PBH
Depois de a Justiça acatar pedido do empresário, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) encaminhou uma reclamação constitucional ao Supremo Tribunal Federal (STF), em documento assinado pelo procurador do município de Belo Horizonte, Caio Perona.
"Determinei à Procuradoria-Geral do Município que ajuíze imediatamente uma reclamação no STF para garantir a autoridade das decisões da Corte", escreveu o prefeito Fuad Noman (PSD), em seu Twitter.
Desmonte das barracas e agressões
O acampamento de bolsonaristas, que ficou montado durante mais de dois meses em frente ao Comando da 4ª Região Militar, foi desmontado nessa sexta-feira (6/1).
A estrutura contava com dezenas de barracas, mobília, banheiros químicos e um trio elétrico usado para amplificar discursos, hinos e orações entre os manifestantes.
A operação da PBH aconteceu um dia após manifestantes agredirem um fotógrafo do jornal Hoje em Dia, que trabalhava no local.
Com a ação da Guarda Municipal, repórteres da Band Minas e do jornal O Tempo foram violentados durante a cobertura. Além do confronto corporal, os bolsonaristas tentaram quebrar e danificar os equipamentos utilizados pela imprensa.
Diante das agressões, os profissionais foram impedidos de trabalhar e a Guarda Municipal precisou intervir.