Jornal Estado de Minas

MANIFESTAÇÕES

Raja Gabaglia amanhece vazia neste domingo (8/1)


Depois da operação da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para desmontar acampamento de bolsonaristas na Avenida Raja Gabaglia, na capital, a via continua vazia e sem obstruções neste domingo (8/1), como acontece desde esse sábado (7/1). Durante mais de dois meses, a avenida foi ocupada por manifestantes que não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.



A concentração em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, no bairro Gutierrez, na região Oeste de BH, foi desmobilizada na sexta-feira (6/1) e, ainda que os participantes alegassem uma manifestação pacífica, o que se viu foi um cenário de conflito, inclusive com agressões a jornalistas que estavam no local para registrar a operação, o que aconteceu no fim da última semana.

Nesta manhã, podiam ser vistas por ali viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar. Sobras dos materiais usados pelos manifestantes também eram recolhidas por fiscais e funcionários de apoio da PBH.


A situação deu motivos para uma disputa judicial. O ministro Alexandre de Moraes acolheu, neste sábado, o pedido da Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte e determinou multa de R$ 100 mil para os bolsonaristas que permanecerem financiando a manifestação. O valor se aplica inclusive àqueles que tiverem veículos bloqueando passagem.

 

Além disso, o ministro multou o empresário do ramo têxtil Esdras Jonatas dos Santos, um dos líderes do acampamento desmantelado, em R$ 100 mil. A decisão foi tomada depois que a PBH pediu ao ministro para reavaliar decisão da Justiça que acatou o pedido de Esdras para que manifestantes bolsonaristas pudessem voltar ao local e que os objetos apreendidos fossem devolvidos.





Funcionários da PBH retiravam materiais que restaram na avenida (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 

Na tarde deste sábado, bolsonaristas voltaram a ocupar as duas pistas da avenida. Vestidos de verde e amarelo, protestaram contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pedem intervenção das Forças Armadas. Neste domingo, alguns poucos também estiveram no local acompanhando a ação da Prefeitura. Mas o panorama de calmaria é bem diferente do que foi visto nos últimos dias.