Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres afirmou por meio das redes sociais que “criminosos não sairão impunes", se referindo a extremistas bolsonaristas que invadiram os prédios dos três poderes do Governo Federal.
Apesar da manifestação contra a ação dos bolsonaristas, a permanência de Torres na secretaria de segurança pública é criticada por apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma portaria do Ministério da Justiça, emitida pelo ministro Flávio DIno (PSB), pediu que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), demita o ex-ministro.
Pelas redes sociais, líderes políticos também criticam a ação das forças de seguranças de Brasília, que, na visão deles, não atuaram para coibir a ação dos extremistas e até permitiram suas ações. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou em em suas redes sociais que o Governo do DF “foi irresponsável frente à invasão de Brasília”.
“É um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses. Governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer”, escreveu.
Invasão de Brasília
Vestidos de verde e amarelo, cerca de 4 mil pessoas, que saíram de acampamentos chamados de “QG do Exército”, chegaram a Brasília para invadir os prédios dos poderes públicos federais.
Segundo os grupos de Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem é invadir o Supremo Tribunal Federal (STF), na esperança de que seja instaurado um estado de sítio.
Os prédios dos três poderes do Governo Federal estão sendo ocupados pelos extremistas. Assim como no Congresso Nacional, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) teve janelas, móveis e portas quebradas.
Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Exército" na última sexta-feira 6/1) e seguiram para o Distrito Federal.