Os presidentes Gabriel Boric, do Chile; Alberto Fernández, da Argentina; e Gustavo Petro, da Colômbia, condenaram a invasão de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil na tarde deste domingo (8/1).
Nas redes sociais, Boric chamou bolsonaristas de “covardes”. "O governo do Brasil conta com todo o nosso respaldo diante desse covarde e vil ataque à democracia".
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Amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernández afirmou que “a democracia é o único sistema político que garante as liberdades e nos obriga a respeitar o veredicto popular”.
“Aqueles que tentam desrespeitar a vontade da maioria ameaçam a democracia e merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional”, escreveu.
“Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. Meu apoio incondicional e do povo argentino a Lula diante dessa tentativa de golpe que vocês estão enfrentando”, seguiu Fernández.
O presidente argentino ainda emitiu alerta como presidente do Mercosul para que os países membros se unam “nessa inaceitável reação antidemocrática que tenta se impor no Brasil”.
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Já Gustavo Petro prestou solidariedade a Lula e afirmou que o "fascismo decidiu dar um golpe". "As direitas não conseguiram manter o pacto de não violência”.
“É hora de uma reunião urgente da OEA [Organização dos Estados Americanos] se ela quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática", acrescentou o líder colombiano.
Invasão ao Congresso e STF
Inconformados com a vitória de Lula, os manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o STF. Vídeos públicados nas redes sociais mostram vidros quebrados no Congresso.
Além disso, é possível ver bolsonaristas dentro do prédio fazendo depredações e destruindo câmeras de segurança no teto.
Na rede social Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem era invadir o STF na esperança de instauração de um estado de sítio.
Confronto com a Polícia
Manifestantes vestidos de verde e amarelo entraram em confronto com a Polícia. Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Éxercito".
Imagens do local mostram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.
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Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
Com a posse do presidente Lula, o acampamento dos aliados do ex-presidente em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foi se esvaziando aos poucos.
Na última semana, em torno de 200 pessoas permaneciam no local. Com a chegada dos ônibus, as manifestações voltam a se tornar uma preocupação para o novo governo.