Logo no título do vídeo de convocação, publicado no Instagram, na última quinta-feira (5/1), Esdras escreveu: “Precisamos de homens e mulheres para lutar pela nossa democracia e nossa liberdade e respeito à nossa Constituição”.
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O “alistamento”, como foi chamado pelo militante, aconteceu na porta do “QG do Exército”. Ainda segundo o relato, empresários mineiros já haviam entrado em contato com ele e já haviam disponibilizado um ônibus para que a viagem fosse feita.
Apesar de fazer a convocação, Esdras não participou da viagem. De acordo com ele, o acampamento na Avenida Raja Gabaglia não poderia ficar sem ninguém “para cuidar do carro de som e da barraca de apoio” - já retirados do local pela Guarda Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte. Mesmo assim, o militante afirmou que “policiais que já estão na porta do QG" iam para o Distrito Federal.
Pagamento de Multa
Neste sábado (7/1), o ministro Alexandre de Moraes acolheu o pedido da Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte e determinou multa de R$ 100 mil para os bolsonaristas que permanecerem financiando a manifestação em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar na Av. Raja Gabaglia, em Belo Horizonte.
O valor se aplica inclusive àqueles que tiverem veículos bloqueando passagem. Em seu texto, Moraes citou Esdras dos Santos e outro apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, já identificado como responsável pela mobilização em BH.
A decisão foi publicada após a Justiça de Minas Gerais acatar um pedido do empresário para que os manifestantes pudessem voltar ao “ponto de concentração”, após a Prefeitura de Belo Horizonte retirar barracas, carros de som, mobílias e banheiros químicos da área militar.