Jornal Estado de Minas

ATÉ DIA 31

Lula decreta intervenção federal na segurança do DF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou a intervenção federal na seguraça do Distrito Federal (DF) após a invasão de terroristas bolsonaristas no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).




"Esses vândalos fizeram o que nunca foi feito na história desse país. Importante lembrar que a esquerda brasileira já teve gente torturada, e nunca vocês leram alguma notícia de algum partido de esquerda invadisse o Congresso Nacional", disse Lula ao assinar o documento.

Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro. 



Inconformados com a vitória de Lula, os manifestantes invadiram o Congresso Nacional e o STF. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pedem intervenção militar.



O salão verde dá acesso à Câmara dos Deputados. Vídeos públicados nas redes sociais mostram vidros quebrados dentro do Congresso.

Vidraças do STF também foram quebradas. Além disso, foi possível ver bolsonaristas dentro da Corte fazendo depredações e destruindo câmeras de segurança no teto.

Na rede social Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem era invadir o STF na esperança de instauração de um estado de sítio.

Confronto com a Polícia 


Manifestantes vestidos de verde e amarelo entraram em confronto com a polícia. Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Exército".

Imagens do local mostraram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.

Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.



Com a posse do presidente Lula, o acampamento dos aliados do ex-presidente em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, foi se esvaziando aos poucos.

Na última semana, em torno de 200 pessoas permaneciam no local. Com a chegada dos ônibus, as manifestações voltaram a se tornar uma preocupação para o novo governo.