No pronunciamento sobre os atos antidemocráticos que aconteceram no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8/1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que os bolsonaristas extremistas serão "encontrados e punidos".
"Aquelas pessoas que nós chamamos de fascistas, que nós chamamos essas pessoas de tudo que é abominável na política, invadiram a sede do governo, do Congresso Nacional, invadiram a Suprema Corte, como verdadeiros vândalos, destruindo o que encontraram pela frente. Todas essas pessoas que fizeram isso serão encontradas e punidas", declarou o petista.
Lula ainda pontuou que houve falta de segurança pública por parte do governo do Distrito Federal. Isso porque o ato estava sendo mobilizado pelas redes sociais, em grupos bolsonaristas, e isso era esperado pelo governo.
O petista disse ainda que vai mostrar que a democracia garante a liberdade de expressão, mas também exige respeito às instituições. "Essas pessoas, esses vândalos, que a gente poderia chamar de nazistas fanáticos, de fascistas fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na história desse puder", destacou.
Ditadura Militar
Lula também comparou a situação com a ditadura militar, período do Brasil em que militantes da esquerda foram torturados.
"A esquerda brasileira ja teve gente torturada, morta, desaparecida, e nunca vocês leram alguma notícia de algum partido de esquerda, de algum movimento de esquerda, que invadisse o Congresso Nacional, a Suprema Corte e o Palácio do Planalto. Não tem precedente na história do nosso país, não existe precedente o que essa gente fez, e por isso essa gente terá que ser punida", disse o presidente.
Lula também disse que pretende investigar quem são os "financiadores" dos atos antidemocráticos. Chegaram em Brasília aproximadamente 100 ônibus, com cerca de 3.900 pessoas, para a manifestação.
"Todos eles pagarão com a força da lei, esse gesto de responsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e facistas", disse Lula.
Logo após o pronunciamento, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.