Jornal Estado de Minas

PRONUNCIAMENTO

Lula chama terroristas de 'stalinistas fanáticos' e corrige: 'Fascistas'

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cometeu uma gafe ao se referir aos bolsonaristas que invadiram, neste domingo (8/1), o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Na fala, o presidente acabou chamando os radicais de “stalinistas fanáticos”.





Logo em seguida da referência, Lula corrigiu. Para o presidente, os bolsonaristas são, na verdade, "fascistas".

“Essas pessoas, esses vândalos, que a gente poderia chamar de nazistas fanáticos, stalinistas fanáticos... Ou melhor, de stalinistas não, de fascistas fanáticos, fizeram o que nunca foi feito na história deste país. É importante lembrar que a esquerda brasileira já teve gente torturada, já teve gente morta, já teve gente desaparecida, e nunca, nunca, vocês leram alguma notícia de algum partido de esquerda, de algum movimento de esquerda invadindo o Congresso Nacional, a Suprema Corte ou o Palácio do Planalto”, disse.
Durante a fala, o presidente decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal e afirmou ainda que os patrocinadores dos atos serão descobertos e punidos. 

Invasão ao Congresso e STF

Inconformados com a vitória do presidente Lula, os manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro pedem intervenção militar.

Vídeos públicados nas redes sociais mostram vidros quebrados dentro do Congresso.

Vidraças do STF também foram quebradas. Além disso, foi possível ver bolsonaristas fazendo depredações e destruindo câmeras de segurança no teto.



Na rede social Telegram, por onde o grupo radical se organiza, a ordem era invadir o STF na esperança de instauração de um estado de sítio.

Confronto com a Polícia 

Manifestantes vestidos de verde e amarelo entraram em confronto com a polícia. Cerca de 100 ônibus com quase 4 mil pessoas saíram de acampamentos em frente ao "QG do Exército".

Imagens do local mostraram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d'água do monumento.

Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.

Com a posse do presidente Lula, o acampamento dos aliados do ex-presidente em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, foi se esvaziando aos poucos.

Na última semana, em torno de 200 pessoas permaneciam no local. Com a chegada dos ônibus, as manifestações voltaram a se tornar uma preocupação para o novo governo.