Um dia após o ato terrorista no Congresso Nacional, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na manhã desta segunda-feira (9/1), com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber. O encontro está previsto para as 9h.
Já a noite, às 18h, na agenda oficial do presidente consta uma reunião com governadores, no Palácio do Planalto. Com isso, alguns chefes do Executivo devem participar remotamente.
A pauta prevista para as reuniões não foi detalhada.
Na noite desse domingo (8/1), após os atos de vandalismo, Lula vistoriou os estragos causados pelos extremistas no Congresso Nacional.
Durante a vistoria, os ministros da Suprema Corte Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli, assim como a ministra Rosa Weber, estiveram presentes.
Invasão no Congresso Nacional
Na tarde desse domingo, bolsonaristas invadiram o Congresso se manifestando contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
No ápice do extremismo, bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF.
No ato terrorista, partes do patrimônio público - como mesas, cadeiras e armários - foram depredados pelos extremistas. Dentro do STF, arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, principal desafeto dos bolsonaristas.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao menos 200 terroristas já foram presos.
Com a invasão ao Congresso, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.
Em meio a críticas da falta de medidas por parte do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para conter os manifestantes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do governador por 90 dias.