O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, disse em coletiva à imprensa, na manhã desta segunda-feira (9/1), que o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi invadido pelos bolsonaristas que tomaram o Palácio do Planalto, na tarde desse domingo (8/1). De acordo com Pimenta, a sala do presidente tem o vidro blindado e um sistema de segurança que impediu a invasão dos manifestantes.
O ministro declarou que uma mesa de vidro, local em que continha documentos originais de posse de ex-presidentes, foi danificada, juntamente com os documentos. Além disso, a galeria de fotos dos ex-mandatários foi totalmente danificada.
"A parte mais danificada foi o térreo e o segundo andar. A região do térreo foi totalmente destruída, o segundo andar, e o terceiro andar, com exceção da área onde fica o gabinete do presidente, as demais áreas também foram totalmente destruídas", declarou.
De acordo com ele, o quarto andar não teve atos de vandalismo significativos.
Pimenta também detalhou as depredações no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o ministro, a sala da presidente da Corte Suprema, Rosa Weber, foi totalmente destruída. Os bolsonaristas também depredaram o plenário do STF.
Invasão no Congresso
Na tarde desse domingo, bolsonaristas invadiram o Congresso se manifestando contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
No ápice do extremismo, bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF.
No ato terrorista, partes do patrimônio público - como mesas, cadeiras e armários - foram depredadas pelos extremistas. Dentro do STF, arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, principal desafeto dos bolsonaristas.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao menos 200 terroristas já foram presos.
Com a invasão ao Congresso, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.
Em meio a críticas da falta de medidas por parte do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para conter os manifestantes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do governador por 90 dias.