A Meta, empresa que comanda o Facebook, Instagram e WhatsApp, afirmou que removerá de suas redes sociais todas as publicações que contenham elogios ou que apoiem os atos terroristas em Brasília, neste domingo (8/1), protagonizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o porta-voz do Meta, Andy Stone, a agitação deste domingo (8/1) no Brasil configura um “evento de violação” às políticas do Facebook e, por isso, os conteúdos que violam essas regras serão excluídos da plataforma. “Estamos designando isso como um evento de violação, o que significa que removeremos o conteúdo que apoia ou elogia essas ações. Estamos monitorando ativamente a situação e continuaremos removendo o conteúdo que viola nossas políticas”, garantiu Stone à CNN dos Estados Unidos.
A Meta já havia designado eventos violentos no Brasil antes das eleições presidenciais de 2022. Na época, o conglomerado de mídia determinou temporariamente, para efeitos de monitoramento nas redes sociais, que o Brasil era um “local de alto risco”. “Antes da eleição, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e removemos conteúdo pedindo que as pessoas pegassem armas ou invadissem à força o Congresso, o palácio presidencial e outros prédios federais”, detalhou Stone.
Agora, com os atos de vandalismo em Brasília, o país voltou a ser considerado como alto risco de violação das políticas da Meta. Na prática, essa política permite que a empresa agilize a remoção de conteúdo nessas circunstâncias.
Evento nos Estados Unidos também foi considerado de violação
A invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021, foi considerado pela Meta um “evento de violação”. Após o episódio, a empresa determinou que todos os conteúdos de apologia à invasão fossem removidos.
O ataque ao prédio que serve como centro legislativo do Estado americano e reúne o Senado norte-americano e a Câmara dos Representantes, foi organizado on-line, principalmente por meio das redes sociais comandadas pela Meta.
No passado, ataques terroristas e tiroteios em escolas também foram considerados “eventos de violação”.