O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou em seu Twitter, na manhã desta segunda-feira (9/1), um canal de denúncia para receber informações sobre os atentados terroristas no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, nesse domingo (8/1).
Dino também ressaltou que as investigações estão em andamento. De acordo com o Ministério da Justiça, todas as denúncias são anônimas e as informações enviadas serão mantidas sob sigilo.
Além das investigações que estão em andamento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou o e-mail *denuncia@mj.gov.br* para receber informações sobre atentados terroristas.
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"Além das investigações que estão em andamento, o Ministério da Justiça e Segurança Pública criou o e-mail *denuncia@mj.gov.br* para receber informações sobre atentados terroristas.", escreveu o ministro.
Bolsonaristas detidos
Na manhã desta segunda, cerca de 1.200 bolsonaristas foram detidos no Quartel General do Exército em Brasília (DF), em uma operação que desmonta o acampamento dos apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desde ontem, mais de 300 pessoas foram presas pelo ato terrorista.
Invasão no Congresso
Na tarde desse domingo, bolsonaristas invadiram o Congresso se manifestando contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
No ápice do extremismo, bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF.
No ato terrorista, partes do patrimônio público - como mesas, cadeiras e armários - foram depredadas pelos extremistas. Dentro do STF, arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, principal desafeto dos bolsonaristas.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao menos 300 terroristas já foram presos.
Com a invasão ao Congresso, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.
Em meio a críticas da falta de medidas por parte do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para conter os manifestantes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do governador por 90 dias.