O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que os hóteis do Distrito Federal façam listas com a identificação dos hóspedes que chegaram em Brasília a partir da última quinta-feira (5/1).
Conforme a decisão, assinada na madrugada desta segunda-feira (9/1), o objetivo é ajudar na investigação dos envolvidos no ato terrorista no Congresso Nacional desse domingo (8/1).
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Bolsonaristas detidos
Na manhã desta segunda, cerca de 1.200 bolsonaristas foram detidos no Quartel General do Exército em Brasília (DF), em uma operação que desmonta o acampamento dos apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desde ontem, mais de 300 pessoas foram presos pelo ato terrorista.
Invasão no Congresso
Na tarde desse domingo, bolsonaristas invadiram o Congresso se manifestando contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro.
Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
No ápice do extremismo, bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF.
No ato terrorista, partes do patrimônio público - como mesas, cadeiras e armários - foram depredadas pelos extremistas. Dentro do STF, arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, principal desafeto dos bolsonaristas.
De acordo com o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao menos 300 terroristas já foram presos.
Com a invasão ao Congresso, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.
Em meio a críticas da falta de medidas por parte do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para conter os manifestantes, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador por 90 dias.