Os bolsonaristas extremistas presos em Brasília nesse domingo (8/1) começaram a ser transferidos do complexo da Polícia Civil.
Os homens serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda e as mulheres para a Colmeia, Penitenciária Feminina do DF. Ainda não há informações sobre quantos presos já chegaram nos presídios.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, os 204 extremistas efetivamente presos estão sendo levados pelas forças de segurança para as penitenciárias, onde aguardarão a audiência de custódia, procedimento que avalia formalidades do processo de prisão.
Eles serão enquadrados pelo crime previsto no artigo 359-M do Código Penal: ‘tentar depor governo legitimamente constituído’. A pena é de quatro a 12 anos de prisão. O artigo foi incluído na legislação penal por uma lei aprovada pelo Congresso em 2021.
A Polícia Civil do Distrito Federal precisou convocar delegados, investigadores e escrivães para darem conta da burocracia das prisões, como coleta de depoimentos e exame de corpo delito. Os atos estão concentrados no Complexo da Polícia Civil, em Brasília.
A defesa dos extremistas pleiteia junto aos delegados para que os radicais que foram presos sem serem flagrados em atos de vandalismos sejam liberados.
Atos terroristas
A tentativa anunciada de golpe começou a ser colocada em prática por cerca de 100 ônibus que chegaram a Brasília, no último sábado, trazendo em torno de 4 mil pessoas.
O grupo estava acampado em frente ao Quartel-General do Exército e desceu rumo à Esplanada dos Ministérios no início da tarde de domingo.
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado das eleições gerais de 2022, invadiram o Congresso Nacional, onde ficam Câmara e Senado Federal; o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República; e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), por volta das 14h deste domingo (8/1).
Em resposta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ibaneis também foi afastado do cargo pelo período de 90 dias, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na manhã desta segunda-feira (9/1), os golpistas começaram a deixar os acampamentos.