Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, afirmou nesta segunda-feira (9/1) que a Polícia Militar "intensificou a proteção" em prédios de instituições públicas e também nas sedes dos veículos de imprensa do estado. A promessa ocorre um dia depois de Congresso Nacional, Palácio do Planalto do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no Distrito Federal, serem invadidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República.
"A Polícia Militar intensificou a proteção dos prédios das instituições públicas em Minas. O mesmo está sendo feito nos veículos de imprensa. Vamos garantir que a democracia prevaleça com respeito e liberdade, sempre na forma da lei", publicou Zema nas redes sociais.
Na tarde desse domingo (8), milhares de bolsonaristas invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes, como o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), além de alguns ministérios. Em meio à invasão, houve destruição de móveis, vidraças, depredações, pichações e até fezes e urina em alguns espaços por parte dos terroristas.
"Em qualquer manifestação deve prevalecer o respeito. É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. A liberdade de expressão não pode se misturar com depredação de órgãos públicos. No final, quem pagará seremos todos nós", afirmou Zema nesse domingo.
Os bolsonaristas ainda não aceitaram a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Na ocasião, o então presidente da República não foi reeleito ao ser derrotado por Lula (PT) no segundo turno, em 30 de outubro, por 50,9% dos votos válidos a 49,1%.
Lula tomou posse como presidente em 1º de janeiro. Zema, que foi reeleito governador em primeiro turno com 56,18% e também foi empossado, apoiou a reeleição de Bolsonaro a partir do segundo turno.
Bolsonaristas em BH
Na capital mineira, Belo Horizonte, bolsonaristas estavam acampados próximo ao Comando da 4ª Região Militar do Exército Brasileiro, na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de BH. Desde a última sexta-feira (6), uma operação da Guarda Municipal começou a desmobilizar o movimento, que tomava uma das duas faixas da via.
Também houve agressão de bolsonaristas a jornalistas, o que motivou críticas às forças de segurança - tanto para GM quanto para a PM. Até a manhã desta segunda, poucas pessoas estavam no local, com o desmonte ainda em andamento.