O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fará uma petição para que Jair Bolsonaro (PL) seja formalmente investigado no inquérito dos atos antidemocráticos e retorne dos Estados Unidos ao Brasil para prestar esclarecimentos à Justiça. Segundo o parlamentar, caso o ex-presidente da República se recuse a prestar depoimento, haverá pedido de prisão preventiva contra ele.
“Vou solicitar hoje mesmo a inclusão formal do ex-presidente da República Jair Bolsonaro como investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, como aconteceu com o governador Ibaneis e o ex-ministro Anderson Torres. Vou pedir que seja reconhecida a condição de Bolsonaro de fugitivo da Justiça. E se ele se recusar a vir prestar depoimento, vamos pedir, nessa petição, sua prisão preventiva para garantir a aplicação da lei”, afirmou Calheiros em entrevista à CNN Brasil nesta segunda-feira (9/1).
O senador classificou os ataques de bolsonaristas que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília como “inimagináveis”. “A eleição se deu em torno disso: de um lado, a civilidade; do outro, a barbárie. Isso (a invasão) aconteceu com a participação de forças de segurança e das Forças Armadas. Tivemos um atentado à democracia”.
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Calheiros disse ainda concordar com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastar Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal por 90 dias. O senador declarou também que irá propor ao MDB a expulsão do político do partido.
“Ibaneis colaborava com estratégias e práticas fascistas há muito tempo, ele se beneficiou com o governo Bolsonaro, fez questão de nomear o ex-ministro da Justiça do ex-presidente Bolsonaro como seu Secretário de Segurança. Vou propor ao MDB a expulsão do governador de Brasília pela participação nos atos golpistas”.
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Calheiros disse ainda concordar com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de afastar Ibaneis Rocha (MDB) do cargo de governador do Distrito Federal por 90 dias. O senador declarou também que irá propor ao MDB a expulsão do político do partido.
“Ibaneis colaborava com estratégias e práticas fascistas há muito tempo, ele se beneficiou com o governo Bolsonaro, fez questão de nomear o ex-ministro da Justiça do ex-presidente Bolsonaro como seu Secretário de Segurança. Vou propor ao MDB a expulsão do governador de Brasília pela participação nos atos golpistas”.
Prisões de bolsonaristas
Cerca de 4 mil bolsonaristas radicais estiveram em Brasília nesse domingo (8). Inicialmente, a manifestação parecia ter tom pacífico, porém a multidão vestida de verde e amarelo furou o bloqueio de policiais e correu em direção aos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
Os vândalos quebraram vidraças, mobílias e equipamentos como computadores, impressoras, televisores e câmeras. Nem mesmo um quadro de autoria do pintor Di Cavalcanti e um vitral da artista plástica Marianne Peretti escaparam da ação. Vídeos dos próprios presentes no tumulto mostraram os rastros de destruição ao patrimônio público.
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Ontem à noite, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), disse que cerca de 200 pessoas foram presas em flagrante pela participação nos atos terroristas. Já a Polícia Civil do DF falou em 300. Na manhã desta segunda-feira, o número foi atualizado para 1.200 detenções no quartel-general do Exército.
Os eleitores extremistas de Bolsonaro não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na votação do dia 30 de outubro de 2022 e pedem intervenção do Exército na política brasileira. Para garantir o respeito à democracia e à lei, Lula decretou intervenção federal nas forças de segurança de Brasília até o dia 31 de janeiro.
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