O ministro da Justiça Flávio Dino afirmou nesta segunda-feira (9/1) que o Brasil viveu seu “Capitólio” na tarde desse domingo (8/1) com os ataques terroristas nas sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Em coletiva de imprensa, Dino relembrou o extremismo bolsonarista nas redes sociais. “O discurso se transformou em bombas e tiros (...). Palavras têm poder. E essas palavras se transformaram em ódio e se transformaram em destruição”.
Leia Mais
Dino: 40 ônibus foram aprendidos e terroristas tinham armasRosângela Moro sobre invasão aos Três Poderes: 'Triste capítulo'Deputada da ALMG quer a exoneração de reitor que defendeu atos golpistasInvasão em Brasília: 29 suspeitos de participação são presos em Uberaba'Prisão preventiva não tem tempo determinado', diz advogado sobre ataquesEx-secretário de Direitos Humanos de Divinópolis participa de ato golpistaMichelle sobre internação de Bolsonaro: 'Orando pela saúde e pelo Brasil'Reitor da USP sobre invasão em Brasília: 'Não há nem haverá anistia'Todavia, o integrante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou a situação com a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, em janeiro de 2021.
“Vivemos ontem o capitólio brasileiro. Com duas diferenças: não morreu ninguém aqui e temos mais presos do que lá, muito mais rápido”.
Naquela ocasião, eleitores radicais do ex-presidente americano Donald Trump alegaram fraude nas urnas após a vitória do democrata Joe Biden e tentaram tomar o Congresso. Os protestos deixaram cinco mortos - quatro manifestantes e um policial.
No Brasil, conforme Flávio Dino, 40 ônibus foram apreendidos nos arredores de Brasília. Em um deles, pessoas estavam armadas.
Ainda segundo o ministro, 209 pessoas foram presas em flagrante no domingo e no momento 1,2 mil pessoas estão detidas no quartel-geral do Exército.
Vestidos de verde e amarelo, terroristas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) nesse domingo (8). Estima-se que 4 mil pessoas participaram da ação em Brasília.
Inconformados com a vitória de Lula nas eleições de outubro, os bolsonaristas ocuparam os Três Poderes para pedir um golpe militar. Foram quebrados objetos históricos, obras de artes, móveis e vidraças. Houve invasão a gabinetes e roubo de documentos e armas.
Após o ataque, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar o governador do DF Ibaneis Rocha por 90 dias.
Invasão aos Três Poderes
Inconformados com a vitória de Lula nas eleições de outubro, os bolsonaristas ocuparam os Três Poderes para pedir um golpe militar. Foram quebrados objetos históricos, obras de artes, móveis e vidraças. Houve invasão a gabinetes e roubo de documentos e armas.
Após o ataque, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar o governador do DF Ibaneis Rocha por 90 dias.