A Câmara Municipal de Betim afirmou, nesta segunda-feira (9/1), que a participação do vereador Gilson da Autoescola (Cidadania) nos atos golpistas em Brasília-DF do último domingo (8/1) será encaminhada à comissão de ética da casa. O parlamentar da cidade da Grande BH esteve na capital federal e registrou a participação no movimento bolsonarista em suas redes sociais.
Em nota assinada pelo presidente da câmara, Léo Contador (União Brasil), a casa afirmou que repudia os atos realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília e informou que a presença de Gilson será avaliada.
“A Câmara Municipal de Betim informa que é veementemente contra todo e qualquer ato de vandalismo ou antidemocracia. As manifestações de violência registradas em Brasília neste fim de semana são inadmissíveis. Sobre a presença do vereador Gilson da Autoescola (Cidadania), a Câmara Municipal de Betim informa que o ocorrido será encaminhado para a Comissão Permanente de Ética, Decoro Parlamentar e Estudos Legislativos”, diz o texto.
Em seu perfil no Instagram, Gilson publicou um vídeo em que aparecia com os filhos em Brasília e informava o horário, 14h30, em que o registro estava sendo feito. Ainda no domingo, o parlamentar excluiu a publicação.
Durante a noite, o vereador de Betim voltou às redes para publicar uma nota de esclarecimento em que dizia ter ido a Brasília esperando um ato pacífico e democrático. O parlamentar repudiou as ações violentas perpetradas pelos que protestavam na capital federal.
“Quero externar minha indignação com os atos de violência e depredação ocorridos em Brasília no dia de hoje. Saí da minha casa na companhia dos meus dois filhos na expectativa de participar de um ato pacífico e democratico. Mas nada disso aconteceu. Não aprovo e nem participo de nenhuma atitude contra a democracia. O protesto é legitimo e democrático, quebradeira e violência não. Viva a democracia! Viva a liberdade! Viva o Brasil!”, escreveu o vereador.
Atos terroristas
Milhares de bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, ao fim da manhã do último domingo. Sem resistência policial, eles entraram e depredaram patrimônio público, cultural e histórico presente no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Até a tarde desta segunda-feira, mais de 1.200 pessoas envolvidas nos atos terroristas foram detidas em operação realizada em conjunto pelas polícias Militar do Distrito Federal e do Exército.