Jornal Estado de Minas

GOVERNADORES DE SÃO PAULO

Tarcísio para Alckmin: 'Com quem eu tenho que aprender sobre São Paulo'

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), iniciou sua participação na reunião de governadores com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazendo um aceno ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Falando em nome dos estados da Região Sudeste, ele foi um dos primeiros a se pronunciar no evento marcado para discutir ações contra manifestações antidemocráticas, nesta segunda-feira (9/1).





“Vou cumprimentar todos os senhores ministros na pessoa do vice-presidente Geraldo Alckmin, com quem eu tenho que aprender sobre São Paulo, presidente”, disse Tarcísio antes de seguir as mesuras com os demais presentes.



Na sequência, o governador paulista classificou o encontro com os governadores como um "ato de solidariedade aos poderes constituídos" e se referiu a uma fala anterior da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para exaltar a democracia no país.

“Essa reunião de hoje significa que a democracia brasileira depois dos atos de ontem vai se tornar ainda mais forte. É bom ver a ministra Rosa Weber dizer que no dia 1º vamos começar o ano judiciário e vamos reconstruir aquilo que foi destruído e assim nós vamos nos reconstruir”, afirmou.





A reunião com governadores acontece um dia após a invasão e depredação do Palácio do Planalto, STF e Congresso Nacional por grupos bolsonaristas que seguem em negação ao resultado da eleição presidencial.

Tarcísio

Tarcísio de Freitas foi eleito em São Paulo com apoio de Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Infraestrutura. Após a vitória contra Fernando Haddad (PT) e a escalada autoritária dos apoiadores do ex-presidente, o governador paulista fez movimentos para afastar sua imagem do bolsonarismo e, ontem, criticou os ataques terroristas na capital federal.

O aceno a Geraldo Alckmin, três vezes governador de São Paulo, também reacende uma das polêmicas da campanha de Tarcísio. Carioca, o fato de não ser natural do estado que pretendia comandar foi alvo de críticos da oposição e explorado pelo adversário petista durante a disputa eleitoral.