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Estado de Minas REUNIÃO EM BRASÍLIA

Lula com governadores: 'Vamos chegar a quem financiou (atos terroristas)'

Em reunião com autoridades, presidente também disse que terroristas "querem golpe. E golpe não vai ter"


09/01/2023 21:31 - atualizado 10/01/2023 11:27

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar em encontrar os financiadores de atos golpistas durante reunião com governadores nesta segunda-feira (9/1), em Brasília. Junto de outras autoridades, o petista encerrou o encontro repudiando os ataques terroristas perpetrados por bolsonaristas que, no domingo (8/1), invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

Lula começou sua fala após manifestação dos governadores e outras autoridades do Judiciário e Legislativo nacional. Ele citou uma promessa de campanha de ouvir propostas dos líderes estaduais como uma de suas primeiras ações como presidente para falar sobre o caráter extraordinário do encontro.

“Uma das primeiras coisas que eu ia fazer era reunir os 27 governadores para que a gente pudesse discutir os três mais importantes projetos de cada estado para ver se a gente conseguia arrumar dinheiro ou financiamento para colocar o país para andar. Quis Deus que essa reunião de hoje acontecesse antes dessa, em que vocês não vieram reivindicar nada,vocês vieram prestar solidariedade ao país e à democracia”, disse o petista.

O presidente prosseguiu dizendo que nunca questionou o resultado das eleições que perdeu e criticou a agenda dos manifestantes bolsonaristas pelo país. Lula afirmou que os atos de vandalismos ocorridos em Brasília eram previstos e afirmou que os movimentos de contestação do resultado eleitoral não apresentavam propostas que não ataques à democracia.

“Eles estiveram em todos os estados na frente dos quarteis reivindicando o quê? A melhoria da qualidade de vida das pessoas? Mais liberdade? Aumento de salário? Construção de habitação? Melhoria da produção agrícola? Não. Estavam reivindicando golpe. Era a única coisa que se ouvia falar”, afirmou.

Assim como em seu primeiro pronunciamento após os atos de vandalismo em Brasília, Lula reiterou que as investigações se esforçarão para identificar os financiadores do movimento, além dos que já foram detidos em flagrante, a quem o presidente se referiu como possível ‘massa de manobra’.

“Não é possível um movimento durar o tempo que durou na frente dos quartéis sem financiamento. Gente garantindo o café, o almoço e a janta. Em nome da democracia, nós não seremos autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou [...] Foi muito difícil para vocês e para mim conquistarmos a democracia nesse país. Foi muito difícil que a gente tivesse uma constituição que fosse uma carta cidadã respeitada por nós. Foi muito difícil conquistar um direito de manifestação nesse país e a gente quer continuar tendo esse direito. A gente não precisa gostar um do outros, apenas aprender a conviver democraticamente na diversidade”, pontuou.

A reunião na mesa oval do Palácio do Planalto contou com representantes dos 27 estados brasileiros, incluindo nomes ligados ao bolsonarismo e que fizeram oposição ao petista durante a campanha eleitoral, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB); bem como a presidente do STF, Rosa Weber; e o Procurador Geral da República, Augusto Aras, também estavam entre os presentes.

Ao final da reunião, os governadores caminharam com Lula pela Praça dos Três Poderes em ato simbólico após a invasão do espaço da capital que reúne as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.



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