O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir com os ministros da Educação, Camilo Santana, e da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira (10/1), para discutir o futuro do país. O encontro está previsto para as 16h com a ministra Nísia, e as 17h com o ministro Camilo.
As duas pastas sofrem grande pressão no governo Lula. Isso porque diante da pandemia do coronavírus e diversos escândalos de corrupção, durante a gestão Bolsonaro, os ministérios passaram por diferentes ministros, muitas vezes com ideais até mesmo divergentes.
Lula usou as redes sociais para ressaltar que vai trabalhar no Palácio do Planalto, mesmo após a depredação feita pelos bolsonaristas na invasão ao Congresso Nacional.
"A educação e a saúde foram áreas destruídas e negligenciadas nos últimos anos. Hoje terei reuniões com ministros dessas pastas, para trabalharmos e muito rapidamente implementarmos medidas de reconstrução no país", escreveu o presidente em seu Twitter.
Bom dia. Trabalhando no Palácio do Planalto. A educação e a saúde foram áreas destruídas e negligenciadas nos últimos anos. Hoje terei reuniões com ministros dessas pastas, para trabalharmos e muito rapidamente implementarmos medidas de reconstrução no país.
%u2014 Lula (@LulaOficial) January 10, 2023
Escândalos de corrupção
Um dos escândalos de corrupção mais marcantes do governo Bolsonaro foi a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele foi preso pela Polícia Federal, alvo de investigação sobre tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
Ribeiro substituiu Abraham Weintraub no Ministério da Educação, o qual também teve uma administração desgastada em meio a escândalos.
Ele foi acusado de racismo contra chineses. Weintraub disse que iria combater o 'marxismo cultural' nas universidades e ainda chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de 'vagabundos', em uma reunião ministerial.
Saúde
Na Saúde, Henrique Mandetta (União) deixou a pasta por discordâncias com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) na forma de conduzir a pandemia da COVID-19. Substituído por Nelson Teich, este ficou apenas 29 dias no cargo.
De acordo com o ex-ministro, ele saiu por perceber que não teria autonomia para atuar à frente do Ministério da Saúde.
Com a saída de Nelson, Eduardo Pazuello o substituiu e contra ele pesaram as acusações mais graves. Pazuello foi acusado na CPI da COVID de atuar contra a humanidade, epidemia com resultado de morte, emprego irregular de verbas públicas, comunicação falsa de crime e prevaricação.
Pazuello era o ministro quando a pandemia estava no ápice da transmissão e pessoas morreram por falta de ar em Manaus (AM). Marcelo Queiroga, titular da pasta até o fim da gestão Bolsonaro, também foi acusado por epidemia com resultado de morte e prevaricação.