Jornal Estado de Minas

ATAQUES NO CONGRESSO

Pacheco faz vistoria no Senado: 'Minoria extremista será identificada'

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), está vistoriando a Casa Legislativa após a invasão no Congresso Nacional, em Brasília, no último domingo (8/1). Pacheco viajava de férias para o exterior e antecipou seu retorno à capital federal para a noite dessa segunda-feira (9/1).





Ao chegar, ele se reuniu com a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka. Ontem, Ilana disse que a estimativa de prejuízo no Senado é de R$ 4 milhões. No local, quadros, obras de arte, esculturas, detectores de metal, meses e a máquina de raio-x foram destruídas. Materiais também foram roubados.

Votação da intervenção federal


Na manhã desta terça-feira também acontece no Senado a votação do decreto, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até dia 31 de janeiro. 

O texto foi aprovado ontem (9/1), sem alterações, pelo plenário da Câmara dos Deputados em sessão extraordinária.

"Domingo, dia 8 de janeiro de 2023 foi um dia triste para a história nacional. Assistimos consternados aos atos de vandalismo de uma minoria inconformada com o ato eleitoral. Brasília foi atacada. Prédios públicos, símbolos nacionais, obras que representam a história de nossa pátria foram depredados", pontuou Pacheco na Plenária do Senado. 





Durante seu discurso, o presidente do Senado ressaltou que o governo vai identificar e punir os responsáveis pelos atos criminosos, desde os vândalos até os financiadores. 

"Alguns poucos quiseram destruir e humilhar as sedes dos Poderes. Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro. Essa minoria golpista, e não há outro nome, não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos", ressaltou. 
 
 

'Tristeza profunda' 

 
Ao comentar a situação no Senado, Pacheco disse que era uma situação de "desolação, tristeza profunda" e um "sentimento muito negativo". Para ele, os ato de terrorismo, uniu ainda mais os Três Poderes. 

"Mais do que nunca, o Poder Legislativo, esta casa, o Senado Federal, estarão unidos ao Poder Judiciário e ao Poder Executivo (...) para pode fazer prevalecer a democracia, e a democracia para sempre. Portanto, esta união, é o resultado que se tem, do dia 8 de janeiro." 
 
Pacheco ressaltou que pediu a diretoria-geral do Senado para tomar imediatamente a reparação de todos os anos da Casa Legislativa. Ele também pediu um levantamento de todos os custos e gastos e afirmou aos senadores e senadores presentes que, ao serem identificados, os vandalistas irão pagar pelas depredações. 

"Nós próximos dias nós já tomaremos todas as providências, mínimas que sejam, para que o Senado volte a funcionar na sua plenitude".