O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou no início da tarde desta terça-feira (10/1) que vai cuidar para que os terroristas envolvidos nos atos golpistas de domingo (8/1) paguem pelo que destruíram nos prédios dos Três Poderes. O parlamentar afirmou que o prejuízo é milionário, mas que “contribuintes brasileiros” serão poupados e não arcarão com a “irresponsabilidade” de um “grupo minoritário”.
A declaração foi dada após sessão no Senado que aprovou o decreto de intervenção federal do Distrito Federal. A medida foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo dos atos protagonizados por eleitores extremistas de Jair Bolsonaro (PL).
Pacheco ressaltou durante a coletiva que vai solicitar o bloqueio dos patrimônios de quem for identificado como vândalo e que não deixará o “sentimento de impunidade” tomar conta dos criminosos.
“Nós temos que recuperar o prédio do Senado Federal, assim será feito. E ao quantificar isso, os valores incluídos para fazer esse restabelecimento do prédio do Senado, nós vamos cuidar, muito ativamente, de ajuizar tantas ações judiciais quantas sejam necessárias, para poder cobrar, individualmente, de cada um dos causadores desse danos ao prédio do Senado Federal”, disse.
“Vamos cuidar para que os recursos dos contribuintes brasileiros não sejam sacrificados por conta do vandalismo, da irresponsabilidade e do crime praticado por terceiros por um grupo minoritário”, continuou.
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“É um valor milionário. E sendo um valor milionário, isso de fato, gera um prejuízo grande aos cofres públicos e esse prejuízo grande aos cofres públicos tem que ser reparado por quem causa esse prejuízo. E é isso que nós vamos cuidar de fazer, um levantamento dessas pessoas, ajuizar as ações, eventualmente bloquear patrimônios, ver as medidas cautelares necessárias para poder fazer essa reparação do dano. Nunca pode acontecer num momento desses, é o sentimento de impunidade”, concluiu.
Pacheco ainda ressaltou que, se reeleito presidente do Senado, aprovará a abertura da CPI dos atos antidemocráticos. As eleições ainda não foram marcadas, mas estão previstas para o mês de fevereiro. Rodrigo é o favorito para vencer o pleito.