A Polícia Civil de Minas Gerais identificou nesta terça-feira (10/1) 27 pessoas de cidades próximas a Passos, no Sudoeste de Minas, que participaram dos atos antidemocráticos em Brasília.
Na tarde de domingo (8/1), milhares de apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
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O delegado regional Marcos Pimenta informou que o grupo viajou à capital em um ônibus fretado por R$ 11 mil. O pagamento foi feito à vista ao dono do veículo.
Segundo ele, o grupo é formado por manifestantes de Areado, Alpinópolis, Passos, Piumhi e São João Sebastião do Paraíso. O frete foi bancado por um único pix de um morador de Passos, cujo nome não está na lista de passageiros.
De acordo com Marcos Pimenta, "os responsáveis poderão ser indiciados por dano ao patrimônio público, roubo (de armas, equipamentos eletrônicos, etc), abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dentre outros".
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Pimenta destacou ainda que "a manifestação pacífica é garantida pela Carta Constitucional e somente aqueles indivíduos que infringiram a lei deverão ser responsabilizados".
Destaca-se, por derradeiro, que em face aos princípios constitucionais (local do crime e atribuições), não é atribuição da PCMG a apuração dos fatos", disse.
PCMG monta material
Na tarde de domingo e manhã de ontem (9), a Polícia recebeu inúmeros vídeos de pessoas da região na caravana em Brasília.
A Agência de Inteligência da Delegacia Regional de Polícia Civil levantou os nomes das 27 pessoas que foram a Brasília em um ônibus alugado de uma empresa de São Sebastião do Paraíso.
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Os casos serão apurados pelas Polícia Civil e Federal do Distrito Federal. O material elaborado pela Polícia Civil em Passos foi encaminhado ao Ministério Público Federal.
Nomes na lista
Na lista dos que aparecem como depredadores já confirmados pela PF aparecem os nomes de Edmar Miguel, o Edmar da Laranja, morador de Areado. Ele participou da invasão ao Congresso e gravou vídeo do teto do prédio.
Kennedy Alves, bolsonarista radical de Alpinópolis, gravou um vídeo da própria invasão ao prédio do Supremo Tribunal Federal e incitou outros vândalos a realizarem depredações.