
Segundo o levantamento, apesar dos mais de 73% que rechaçam a volta a um regime ditatorial, 9,5% são simpáticos a um novo governo militar. Outros 17% não têm opinião formada a respeito.
Entre 1964 e 1985, o país foi governado, em sequência, por diversos militares. Bolsonaro, capitão reformado, já deu diversas declarações em que relativiza o período.
Ainda de acordo com o relatório divulgado pela AtlasIntel, 54,1% dos entrevistados são contra uma intervenção militar para anular o resultado da eleição presidencial, vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A manobra, contudo, é defendida por 36,8%. As abstenções correspondem a 9,1% do total de participantes.
A anulação do resultado do pleito presidencial compõe a pauta de reivindicações dos golpistas. Sem provas e a despeito do aval à vitória de Lula, dado por observadores nacionais e internacionais, os radicais apontam fraudes na eleição. Não há, porém, indícios que comprovem lacunas ligadas às urnas eletrônicas.
Quase 40% acredita em vitória de Bolsonaro
Apesar da ausência de evidências, 39,7% dos entrevistados disseram acreditar que Bolsonaro recebeu mais votos que Lula. Outros 56,4%, contudo, afirmam que o petista, de fato, obteve a maior fatia da preferência popular. A respeito desse questionamento, a abstenção foi de 4%.
Para obter os resultados, os pesquisadores do AtlasIntel analisaram 2,2 mil questionários. Os participantes responderam às perguntas entre domingo (8) e ontem (9), virtualmente, por meio de um modelo que recruta, randomicamente, usuários da internet. A margem de erro dos dados coletados é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança dos índices coletados é de 95%.