O interventor na segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, anunciou o fechamento da Esplanada dos Ministérios devido à ameaça de manifestações golpistas nesta quarta-feira (11/1). Ele afirmou que dois atos foram previstos em Brasília, sendo um próximo ao Palácio do Buriti e outro na Esplanada dos Ministérios.
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Cappelli afirmou que a segurança será garantida durante os atos e que todo o efetivo está mobilizado. "Eu achei importante para tranquilizar a população. Não há hipótese de acontecer nada semelhante ao dia 8", disse.
Nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que as autoridades públicas impeçam quaisquer tentativas de ocupação ou bloqueio de vias públicas, rodovias, espaços e prédios públicos por manifestantes golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ordem foi dada em resposta a um pedido da AGU (Advocacia-Geral da União), que alertou o ministro a respeito da chamada "Mega manifestação nacional - pela retomada do poder", convocada por bolsonaristas após os ataques às sedes dos Três Poderes no último domingo (8).
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Cappelli isenta o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de responsabilidade por falhas na segurança no último domingo e aponta sabotagem do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres.
"Claro que houve uma quebra de confiança. A maior prova de que houve uma quebra de confiança é o fato de eu estar sentado aqui ", afirmou Capelli. Ele também disse que era "inimaginável" que "grupos de extrema-direita seriam capazes de invadir o Supremo Tribunal Federal para arrancar portas de gabinete de ministro."