O interventor na Segurança do Distrito Federal, Ricardo Capelli, convocou uma reunião na manhã desta quarta-feira (11/1) para debater a montagem de um esquema especial de segurança. O objetivo da estratégia é isolar os prédios dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, para evitar que atos criminosos possam atingi-los. Ameaças de novas manifestações golpistas estavam marcadas para hoje.
Durante a coletiva, Cappelli afirmou que “não há hipótese de se repetir na capital federal o que aconteceu”. Ele ainda alertou que quem tentar repetir os atos terroristas será “tratado com o rigor da lei”.
“Hoje estão previstas algumas manifestações no Distrito Federal, duas convocadas para o meio e para o final da tarde, reunimos o comando, preparamos todo o planejamento e queremos tranquilizar a população que não há hipótese de se repetir na capital os fatos inaceitáveis que aconteceram no último domingo”, afirmou.
“Aos que pretendem repetir: a lei será cumprida. Não será admitido. Nossa democracia é plena, o direito à livre manifestação será sempre respeitado dentro daquilo que prevê a Constituição. O direito à manifestação não se confunde com atentado à instituição democrática, com ataque ao patrimônio público e à democracia. A estes, o que tenho a dizer, é que a lei será cumprida. Eles serão tratados com o rigor da lei”, completou.
O interventor afirmou, ainda, que os servidores que estão trabalhando na Esplanada dos Ministérios podem continuar exercendo o ofício “com a maior tranquilidade”.
Bolsonaro continua atacando sistema eleitoral
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma publicação, na noite dessa terça-feira (10/1), atacando novamente o processo eleitoral brasileiro.
Em sua página oficial do Facebook, Bolsonaro compartilhou uma postagem que dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não foi eleito pela maioria dos votos, mas sim escolhido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Horas depois, Bolsonaro excluiu a publicação.
A informação falsa é um ataque às instituições, que já destacaram a confiabilidade das urnas, e ocorreu na mesma semana em que seus apoiadores invadiram e depredaram o Congresso Nacional, em Brasília, resultado de uma negação à vitória de Lula.
Ameaças de novos ataques
Diante das ameaças de novos atos terroristas, como o que ocorreu no domingo (8/1), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou o reforço na segurança nos prédios do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto.