O Ministério Público de Minas Gerais criou, nesta quarta-feira (11/1), uma força-tarefa para monitorar atos terroristas, como a invasão do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
Em conversa com o Estado de Minas, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, afirmou que a força-tarefa foi criada porque “os militantes passaram do discurso e da manifestação pacífica para ações criminosas e contrárias ao regime democratico”.
Para Jarbas, os bolsonaristas radicais devem ser tratados como "criminosos". “Esses atos têm também repercussão nos estados. Por isso, o Ministério Público brasileiro está se organizando para combater esses crimes. Aqui, em Minas, foi organizadA uma força-tarefa para impedir que esse tipo de ação ocorra no estado”, afirmou.
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Vestidos de verde e amarelo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) nesse domingo (8). Estima-se que 4 mil pessoas participaram da ação em Brasília. Até ontem (10/1), cerca de 1.200 estavam detidas no QG do Exército.
Inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os bolsonaristas ocuparam os Três Poderes para pedir um golpe militar. Foram quebrados objetos históricos, obras de arte, móveis e vidraças. Houve invasão a gabinetes e roubo de documentos e armas.
Após o ataque, o presidente Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal. Horas depois, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar Ibaneis Rocha do governo do DF por 90 dias.
Na segunda-feira (9/1), Lula e representantes de todos os estados fizeram reunião pela democracia. Depois, caminharam juntos do Planalto ao STF.
Também na segunda, os acampamentos de bolsonaristas golpistas foram enfim desmontados após ordem do STF. Mais de 1,2 mil foram detidos em Brasília. Concentrações também foram desfeitas em SP, Rio e outras capitais. Na maioria dos casos, sem confrontos.
Até o momento, as investigações avançam e miram os financiadores dos ataques. O governo diz que pessoas de ao menos 10 estados bancaram ataques.