Jornal Estado de Minas

PROTESTOS BOLSONARISTAS

Sindicato e MPMG se reúnem para discutir agressões a jornalistas

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) se reuniram nesta quarta-feira (11/1) com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para discutir a investigação de agressões sofridas por profissionais da imprensa na cobertura de protestos golpistas nas últimas semanas.





Uma representação foi entre ao MPMG contendo relatos de jornalistas que foram agredidos durante a cobertura do acampamento bolsonarista instalado por mais de dois meses em frente ao Comando da 4ª Região Militar do Exército, na Avenida Raja Gabaglia, Região Oeste da capital.

Os episódios mais tensos no QG bolsonarista aconteceram na última semana. Primeiro, em 5 de janeiro, um fotógrafo foi agredido por vários manifestantes enquanto trabalhava. No dia seguinte, enquanto cobriam a ação de desmontagem do acampamento pela Prefeitura de Belo Horizonte, outros profissionais foram covardemente atacados por golpistas, que agrediram jornalistas e quebraram equipamentos.

 “O jornalista é o guardião da nossa democracia. Quando um jornalista é agredido, há, também, uma agressão à liberdade de imprensa, aos direitos humanos, à democracia e ao estado democrático de direito. É de suma importância que, conjuntamente, consigamos promover ações para coibir essa violência”, afirmou a vice-presidente do sindicato da categoria, Lina Rocha.





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O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, reiterou a fala da vice-presidente e disse que espera celeridade das investigações sobre as agressões sofridas pelos jornalistas.

“Não podemos admitir que em um estado democrático de direito, os jornalistas sejam violentados. O Ministério Público vai instaurar uma investigação e esperamos concluir rapidamente, uma vez que existem imagens e testemunhas. Além disso, estamos estudando, também, a implementação de uma política permanente no MPMG que atue contra a violência à liberdade de imprensa”, afirmou.

Uma suspeita das agressões na Raja Gabaglia já foi identificada pela Polícia Civil, que também investiga os casos. Ataques a profissionais de imprensa também foram registrados em Brasília-DF no último domingo (8/1), durante os ataques terroristas que destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.