O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais e membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) se reuniram nesta quarta-feira (11/1) com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para discutir a investigação de agressões sofridas por profissionais da imprensa na cobertura de protestos golpistas nas últimas semanas.
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Lista de presos por vandalismo em Brasília chega a 763 pessoas'Novo acampamento': veja a chegada de golpistas presos na PapudaInvasão em Brasília: PRF apreende 13 ônibus com extremistas em Minas'Quero ser jornalista, mas fiquei apavorada com o salário de vocês', diz ex-BBB TinaZema recebe sindicato dos jornalistas para falar sobre agressões à imprensaOs episódios mais tensos no QG bolsonarista aconteceram na última semana. Primeiro, em 5 de janeiro, um fotógrafo foi agredido por vários manifestantes enquanto trabalhava. No dia seguinte, enquanto cobriam a ação de desmontagem do acampamento pela Prefeitura de Belo Horizonte, outros profissionais foram covardemente atacados por golpistas, que agrediram jornalistas e quebraram equipamentos.
“O jornalista é o guardião da nossa democracia. Quando um jornalista é agredido, há, também, uma agressão à liberdade de imprensa, aos direitos humanos, à democracia e ao estado democrático de direito. É de suma importância que, conjuntamente, consigamos promover ações para coibir essa violência”, afirmou a vice-presidente do sindicato da categoria, Lina Rocha.
O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, reiterou a fala da vice-presidente e disse que espera celeridade das investigações sobre as agressões sofridas pelos jornalistas.
“Não podemos admitir que em um estado democrático de direito, os jornalistas sejam violentados. O Ministério Público vai instaurar uma investigação e esperamos concluir rapidamente, uma vez que existem imagens e testemunhas. Além disso, estamos estudando, também, a implementação de uma política permanente no MPMG que atue contra a violência à liberdade de imprensa”, afirmou.
Uma suspeita das agressões na Raja Gabaglia já foi identificada pela Polícia Civil, que também investiga os casos. Ataques a profissionais de imprensa também foram registrados em Brasília-DF no último domingo (8/1), durante os ataques terroristas que destruíram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.