O chefe do Executivo fez duras críticas a Bolsonaro e o chamou de "genocida", "brutamonte" e disse que seu adversário tem "desequilíbrio mental".
"É a primeira vez na história do Brasil que um presidente começa a governar antes de tomar posse, é uma coisa inédita. Ou seja, eu não tinha nem tomado posse e 30 dias antes já estava governando esse país, discutindo PEC, porque o genocida depois que perdeu as eleições se trancou dentro de casa", afirmou.
Leia: Lula sanciona lei que equipara injúria racial ao racismo
O discurso vai na contramão do que Lula disse logo após vencer o pleito, quando pregou a pacificação com o eleitorado que votou em Bolsonaro.
Lula recebeu, pela primeira vez, jornalistas na manhã desta quarta-feira. Mas, ao final do encontro, apenas cinco veículos puderam perguntar, e a Folha não fez parte do grupo.
Leia: Lula: 'É preciso que pessoas ricas paguem mais impostos'
No encontro, ele disse que a "única coisa que não queria era" que Bolsonaro passasse a faixa para ele.
O chefe do Executivo não fez referência a viagem de Bolsonaro, que deixou o país antes do final do mandato e foi para Orlando (EUA), a fim de evitar passar a faixa ao petista, em um sinal de desprezo ao rito democrático.
O ex-mandatário foi em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), após fazer uma live de despedida e não mencionar a viagem.
Leia: Pesquisa: 53% dos brasileiros acreditam que Lula será melhor que Bolsonaro
É praxe que o presidente que deixa o poder passe para o sucessor a faixa presidencial.