Armas de choque, do tipo taser, foram levadas pelos bolsonaristas radicais durante a invasão à sede do Poder Executivo.
"O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa, ainda, que não houve extravio de arma de fogo e de munição letal", disse em nota.
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Na visão do petista, o roubo de armas criava suspeitas de que possíveis infiltrados poderiam ter ajudado os vândalos, que teriam conhecimento de onde o armamento estava guardado.
"Essas maletas no chão, cada uma dessas maletas que vocês estão vendo, em cima das mesas, são armas letais e não letais que foram roubadas pelos criminosos de dentro do Palácio do Planalto. Mais um crime a ser apurado", disse.
Na segunda-feira (9), Pimenta se desmentiu e disse que apenas armas não letais haviam sido levadas pelos golpistas.
"Armas que foram levadas da sala das armas do GSI. Eu pelo menos identifiquei nove armas. São tasers, armas de choque de uso do GSI, estavam acondicionadas em caixas, que ficaram vazias. São armas de choque, que estavam dentro de outro local e foram retiradas dessas caixas", afirmou a jornalistas.
Além do desmentido, o GSI afirmou na nota que o gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "foi preservado" durante os ataques golpistas de domingo.
A Polícia Militar do Distrito Federal conseguiu recuperar uma das armas de choque roubadas pelos bolsonaristas. Segundo a corporação, o taser foi encontrado na "área verde do Eixo Monumental".
O GSI passou a ser alvo de críticas no Palácio do Planalto pela falta de preparo para enfrentar os militantes golpistas que invadiram a sede do Executivo no domingo.
O chefe da pasta, general Gonçalves Dias, afirmou a interlocutores que o cenário era de tranquilidade no fim de semana e que não havia necessidade de ampliar o efetivo da segurança do Planalto.
Segundo relatos feitos à Folha de S.Paulo, ele afirmou por mensagens de WhatsApp e ligações que a Secretaria de Segurança Pública tinha um plano de segurança que proibia o acesso de manifestantes na praça do Três Poderes --fato que, na visão dele, mitigava riscos de invasão ao prédio.
Por isso, seis sentinelas e dois guardas estavam no Palácio do Planalto no amanhecer de domingo. Somente ao meio-dia, quando os bolsonaristas desciam do QG do Exército à Esplanada dos Ministérios, Dias acionou o Comando Militar do Planalto solicitando um tropa de 36 militares do Batalhão da Guarda Presidencial para auxiliar na segurança.
Outros cerca de 300 militares foram enviados ao palácio após os militantes golpistas terem conseguido invadir o prédio.