Para ele, os parlamentares suspeitos de envolvimento nos atos antidemocráticos precisam passar pelo escrutínio dos conselhos de éticas do Parlamento.
"Nosso desejo é que haja empenho de todo o Ministério Público Federal, desde o procurador da República até todas as instâncias nos estados para atuar em repreensão a esses fatos, e evitarmos que outros fatos como esse possam acontecer a partir de algum sentimento de impunidade que possa surgir", disse Pacheco ao entregar o documento.
O presidente do Senado avalia ainda que as punições, na forma da lei, desestimulam a hipótese de, futuramente, ocorrer atos semelhantes aos do dia 8 deste mês.
Documento explica invasão
Na reunião, na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram repassadas as informações levantadas pelas polícias legislativas, que prenderam em flagrante 44 pessoas, sobre a ação dos que participaram dos ataques ao Congresso.
No documento, há o detalhamento das armas utilizadas nos ataques e o levantamento ainda preliminar dos prejuízos causados à estrutura e ao mobiliário do Congresso.
Augusto Aras recebeu a representação, que será mantida em sigilo, e garantiu que busca a apuração e identificação dos responsáveis.
"Este procurador-geral constituiu grupos de trabalho para a identificação da autoria e da materialidade dos fatos ilícitos cometidos, sejam aqueles meramente danosos, ou aqueles preparatórios e com sublevação do regime adotarmos providências imediatas", afirmou.
Aras afirmou ainda que, até o início da próxima semana, deve mover uma ação penal e ações cautelares contra aqueles que já foram identificados.