A expectativa é que ele desembarque em Brasília na manhã deste sábado (14/1) para se apresentar à Polícia Federal (PF). Na última terça-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do ex-ministro. A decisão foi confirmada pelo plenário da Corte.
Anderson Torres tinha retornado à chefia da Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 2 de janeiro. Ele estava nos Estados Unidos quando bolsonaristas radicais invadiram os prédios dos Três Poderes.
A Polícia Federal encontrou na residência de Torres uma minuta (proposta) de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo, segundo o texto, era inverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional. O documento foi encontrado no armário do ex-ministro durante busca e apreensão na última terça-feira.
A PF vai investigar as circunstâncias da elaboração da proposta. O material tem indicação de ter sido feito após a realização das eleições e teria o objetivo de apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE antes, durante e depois do processo. De acordo com fontes ouvidas pela Folha de S.Paulo, o documento cita o restabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022. O esboço de decreto tem três páginas e foi feito em computador.