Jornal Estado de Minas

CONTRA AS FAKE NEWS

Na Secom, Paulo Pimenta defende reativação da 'rede de defesa da verdade'

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) Paulo Pimenta (PT-RS) compartilhou uma série de tweets para explicar o papel do Governo Lula no combate à desinformação de bolsonaristas contra a atual gestão. Segundo ele, é preciso “reativar a rede de defesa da verdade”.





Pimenta acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de investir R$ 300 bilhões para se manter no poder, às custas de desinformações espalhadas nas redes sociais, e ainda saiu com a derrota. “O Brasil assistiu nessa eleição a mais poderosa máquina de desinformação e uso de recursos públicos para eleger um candidato. Mesmo assim, Bolsonaro foi derrotado. Mas o bolsonarismo continua ativo e mobilizado nas ruas e nas redes”, apontou.
 

“Bolsonaro gastou 300 bilhões de reais do povo brasileiro para tentar se manter no poder. Fora a quantia de recursos não contabilizada oficialmente, de setores que tinham interesse em sua vitória, e despejaram rios de dinheiro para promover o medo, o ódio e as Fake News”, acrescentou.
 
 

Ele continuou as acusações: “Uma poderosa máquina de comunicação com recursos públicos e privados, legais e ilegais, esteve no centro da estratégia de poder de Bolsonaro. Grande parte desta estrutura segue atuando e foi por onde os atos criminosos foram organizados. O 'gabinete do ódio' não se desfez.”




 
 
Em seguida, o ministro ressaltou que a Secom, assim como o mundo inteiro, busca solução para este problema. Segundo ele, o principal papel do governo Lula neste momento é “reativar a rede de 'defesa da verdade'”. “A disputa da narrativa, a verdade contra a mentira, a desconstrução das Fake News, e das teorias mais absurdas e incríveis é uma tarefa complexa e difícil. O mundo se debruça sobre esse fenômeno e busca respostas e soluções que protejam a democracia desta crescente 'corrosão'”, disse. 
 
 

“A nova @secomvc terá uma tarefa importante neste processo. O decreto de criação da Secretaria será publicado no dia 24/1 e até lá estamos planejando a estrutura e tarefas da comunicação institucional do governo. Paralelo a isso precisamos reativar a rede de 'defesa da verdade'”, reforçou.

Para ele, o principal meio de combater a desinformação é a união entre “a sociedade civil, os influenciadores digitais, os partidos políticos, os movimentos sociais e tantos outros 'sujeitos'”. “Compreender isso e ativar essa 'força' organizada é fundamental para a defesa da democracia”, observou.




 
 

O ministro também citou os atos golpistas em Brasília no último domingo (8/1) após bolsonaristas extremistas vandalizarem prédios de instituições democráticas e a resposta imediata do presidente Lula ao caso. “O presidente @LulaOficial foi muito firme em determinar um conjunto de medidas e ações em defesa da CF e do Estado de Direito. Os três poderes responderam com energia aos atos criminosos e ações dos golpistas. A democracia saiu fortalecida e os criminosos serão punidos”, afirmou.

“É tarefa de todos(as) que compreendem o que está em disputa fazerem a sua parte. O Brasil não suporta mais o ódio, a intolerância, as mentiras e a violência. A hora é de união e reconstrução. Faremos nossa parte e convidamos os democratas a fazerem junto conosco essa jornada”, concluiu.
 
 

Resposta à Janones

A série de tweets do ministro Paulo Pimenta veio um dia após as críticas do deputado federal André Janones (Avante-MG) em relação à comunicação do governo eleito. Ele, que foi um dos pilares na campanha eleitoral do presidente Lula para combater os bolsonaristas e as disseminações de fake news nas redes sociais, apontou que a esquerda não aprendeu com os erros. 





O deputado mineiro citou uma série de notícias falsas sobre o atual governo que circulam entre o “povão, a massa, aqueles mesmo que decidem eleições”. “Parece que não aprendemos nada com o golpe de 16, nem com a ascensão do bolsonarismo, e muito menos com o sufoco que passamos para vencer a extrema direita nas últimas eleições”, disse.
 

Janones explicou que o contato entre o governo e o povo deve ser inclusivo. “A comunicação contemporânea exige INTIMISMO e CONSTÂNCIA mas, para isso, governantes e governados, líderes e liderados, influenciadores e influenciados, precisam estar no mesmo mundo, vivendo e compartilhando as mesmas angústias, alegrias e perspectivas”, afirmou.