O governador mineiro Romeu Zema (Novo-MG) afirmou na manhã desta segunda-feira (16/1) que o governo federal fez "vista grossa" em relação aos atos terroristas do Distrito Federal (08/01), para que pudesse sair como "vítima" da história.
Zema disse que qualquer declaração dita antes da conclusão das investigações é "achismo", mas que ele pode "supor" que houve uma omissão por parte dos órgãos de segurança do Governo Lula.
"Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse, posteriormente, de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso", disse em entrevista à Rádio Gaúcha.
"Tudo é uma suposição, qualquer conclusão agora é prematura, mas o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que está subordinado ao Ministério da Justiça foi comunicado previamente da situação e não se mobilizou, não fez nenhum plano de contingência", continou Zema.
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Defensores dessa teoria pontuam que a manifestação seria pacífica se não fossem alguns "petistas" ou "críticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)", que teriam se infiltrado nos atos e realizado a destruição do interior dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dia após os atos, Zema afirmou à "CNN Brasil" que não iria "apontar culpados" enquanto as investigações não fossem concluídas e que o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), determinado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi "arbitrária". Na entrevista de hoje, ele ressaltou novamente a "arbitrariedade" e "injustiça" do afastamento de Ibaneis.