O Ministério da Justiça tem atuado na identificação dos participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes por meio das denúncias recebidas pelo e-mail denuncia@mj.gog.br. Segundo Marivaldo de Castro, secretário de Acesso à Justiça, do Ministério da Justiça, já foram recebidas 86 mil denúncias. Ele revela que a pasta tem feito a triagem do material e encaminhado à Polícia Federal.
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Marivaldo ressalta ainda que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem urgência em virar essa página para debater problemas “que importam para a população: combate à fome, geração de emprego e renda”.
O foco das investigações, de acordo com o secretário de Acesso à Justiça, é chegar até os responsáveis por financiar as ações de 8 de janeiro. Além da rede de denúncias, ele acredita que as equipes da Polícia Federal vão identificar os financiadores dos grupos extremistas. “Sem dúvida alguma eles vão chegar aos organizadores, financiadores e naqueles que participaram diretamente da destruição do patrimônio da nossa população”, garante.
Armas de fogo
Marivaldo cita na entrevista, também, os decretos do presidente Lula que revogaram normas que facilitavam o acesso da população civil a armas de fogo. “A mudança de governo colocou fim a um governo que disseminava o ódio, a guerra. Subiu a rampa um governo que tem como objetivo dedicar todas as suas energias em resolver os problemas da população, em especial a mais pobre”, comenta.
Segundo ele, existe um grupo de trabalho do Ministério da Justiça destinado a estabelecer novas normas para venda e porte de armas. Estão suspensos novos registros para clubes de tiro e novos registos para Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) por pelo menos cinco meses. Ainda de acordo com o secretário, o ministro da Justiça, Flávio Dino, já solicitou aos ministérios que fazem parte do GT o nome dos representantes que farão parte dessa discussão. O objetivo do trabalho é “reduzir e controlar” a circulação de armamento.