Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Servidor do DF renuncia depois de justificar atos terroristas



O presidente do Conselho de Educação do DF, Mário Sérgio Mafra, renunciou ontem (16) ao mandato que seria concluído em dezembro de 2023, depois da grande repercussão por postagem em que ele responsabiliza os próprios poderes da República pela fúria dos atos de vandalismo e depredação em 8 de janeiro.



Em carta dirigida à secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, Mafra afirma que foi alvo de “ilações” por parte de entidades da educação quanto a seu apoio ou participação nos ataques ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal.

Mafra afirmou no ofício: “Vivemos em um país democrático com liberdade de expressão e de pensamento, mesmo assim, infelizmente, muitos são os assediados moralmente por conta de seus posicionamentos. Todo cidadão brasileiro tem o direito de livre manifestação e liberdade de expressão, não devendo ser um ‘post’, em rede social particular, considerado como um conflito com a cultura do órgão a que serve, nem tampouco caracterizado como partícipe de ato ao qual repudiou oficialmente”.

Na postagem em redes sociais que provocou a controvérsia, Mafra afirmou na semana passada que os culpados pelos atos de 8 de janeiro são: “Senado omisso, STF ativista, Congresso omisso, infiltrados, esquerdistas”.

A postagem causou a reação da reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, de entidades de educação, educadores e do deputado distrital Gabriel Magno (PT), presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura da Câmara Legislativa.
Magno enviou ofício à governadora em exercício, Celina Leão (PP), pedindo o desligamento de Mafra.

Veja a postagem do ex-presidente do Conselho de Educação do DF:

Postagem do ex-servidor do DF (foto: Foto: Reprodução/Redes Sociais)