Alan Diego se apresentou na Polícia Civil da cidade de Comodoro, em Mato Grosso. Ele estava foragido desde o dia 29 de dezembro, quando foi deflagrada a operação Nero.
Nessa apuração, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal encontraram indícios da participação do apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também na tentativa de invasão do prédio da PF e posterior atos de vandalismo nas ruas de Brasília.
Alan se entregou depois de uma longa negociação com a família do acusado, buscas domiciliares em duas propriedades rurais e uma residência. Após a ação, a família procurou a Polícia Civil para negociar a sua rendição.
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Agora as autoridades mato-grossenses vão notificar o STF (Supremo Tribunal Federal) e a Polícia Civil do Distrito Federal e preparar a sua transferência para Brasília.
Alan era procurado desde o dia 29 de dezembro, quando o STF autorizou mandados de busca e apreensão.
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Ele e George Washington Souza, 54, preso em 24 de dezembro como suspeito de arquitetar o plano terrorista, relatou em depoimento à polícia que Alan seria seu auxiliar.
Washington foi ao acampamento bolsonarista no QG do Exército na sexta (23) e deixou o artefato "já preparado" com Alan. O explosivo foi instalado em um caminhão de combustível carregado com 60 mil litros de querosene de aviação.
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"Eu entreguei o artefato a Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, não concordei com a ideia de explodir no estacionamento do aeroporto. Porém, eu soube pela TV que a polícia tinha apreendido uma bomba no aeroporto e que o Alan não tinha seguido o plano original", disse em sua oitiva.
Após a tentativa dos ataques terroristas a segurança no Distrito Federal foi reforçada até a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de janeiro.