"Neste país, se brigou muito para ter um Banco Central independente achando que ia melhorar o quê? Posso dizer com minha experiência que é uma bobagem achar que um presidente de um Banco Central independente vai fazer mais do que fez o Banco Central quando o presidente (da República) indicava (o comandante)", afirmou Lula, salientando que Henrique Meirelles, presidente do Banco Central durante os dois primeiros mandatos do petista, "teve muita independência".
Ao afirmar que a economia precisa voltar a crescer e que o governo deve tomar medidas para que a renda seja distribuída, Lula relembrou que, durante a pandemia de coronavírus, "quem era rico, ficou mais rico. E o povo ficou mais pobre".
O presidente disse ainda que, durante seus dois primeiros mandatos, "ninguém foi mais responsável do ponto de vista fiscal" do que ele mesmo.
E afirmou que, em 2003, quando assumiu o cargo máximo do Executivo, "a inflação e a taxa de juros estavam em 12%". "Devíamos R$ 30 bilhões ao FMI. A dívida interna bruta era de 60,5% do PIB. (Pedro) Malan (ministro da Fazenda de FHC) ia, todo fim de ano a Washington, atrás FMI, ver se conseguia um dinheirinho para fechar o caixa".
Segundo Lula, em oito anos, 14 milhões de empregos foram gerados, e a dívida foi reduzida de "60,5% para 37,7%".