Um artigo publicado conjuntamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández, trata da possibilidade da criação de uma moeda em comum entre os dois países - envolvendo, também, as demais nações da América do Sul. O texto, publicado no site do periódico semanal "Perfil", ainda comemora a visita de Lula ao país vizinho. Ele desembarca em solo argentino neste domingo (22/1).
"Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum, que possa ser usada tanto para os fluxos financeiros quanto para os comerciais, reduzindo os custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa", dizem, no texto.
No artigo, Lula e Fernández afirmam que a ideia é simplificar e modernizar as regras de cooperação entre os países, mas indicam que vão incentivar o uso das moedas locais. A informação vai ao encontro do que havia publicado, mais cedo, o jornal "Financial Times". Segundo o veículo, mesmo com os estudos sobre a criação de uma moeda comum, Brasil e Argentina não pretendem abandonar o real e o peso.
"O mundo mais justo e solidário a que aspiramos só será viável se tivermos coragem de construir juntos o nosso futuro. Esse é o significado estratégico da integração bilateral. Não há nada mais emancipador do que a irmandade dos povos que vêm desde o alvorecer da nossa história para tomar posse do seu futuro", defendem.
Segundo o "Financial Times", a ideia brasileira seria chamar a nova moeda de "sur". O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, afirmou que, entre os planos, está convidar os demais países sul-americanos a participar do debate sobre o assunto.
"Haverá uma decisão de começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum. Isso inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais", explicou.
Ele, porém, pregou cautela. "Não quero criar falsas expectativas. É o primeiro passo de longo caminho que a América Latina deve percorrer", continuou.
No início do mês, o ministro da Fazenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad (PT), negou a existência de planos a respeito do tema.
"Não existe moeda única, não existe essa proposta. Vai se informar primeiro", respondeu, em tom irritado, a um repórter que havia feito pergunta sobre o assunto após a posse de Simone Tebet (MDB) no Ministério do Planejamento.
Antes, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, chegou a dizer que havia tratado do assunto em reunião com Haddad.
Segundo a agenda oficial do Palácio do Planalto, Lula vai deixar Brasília (DF) rumo à Argentina às 18h de hoje. Nesta semana, líderes latino-americanos estarão em Buenos Aires, a capital argentina, por ocasião de encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Essa será a primeira viagem internacional de Lula desde a posse para o terceiro mandato como presidente. Depois da Argentina, o petista deve passar pelo Uruguai.
"Decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda sul-americana comum, que possa ser usada tanto para os fluxos financeiros quanto para os comerciais, reduzindo os custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa", dizem, no texto.
No artigo, Lula e Fernández afirmam que a ideia é simplificar e modernizar as regras de cooperação entre os países, mas indicam que vão incentivar o uso das moedas locais. A informação vai ao encontro do que havia publicado, mais cedo, o jornal "Financial Times". Segundo o veículo, mesmo com os estudos sobre a criação de uma moeda comum, Brasil e Argentina não pretendem abandonar o real e o peso.
"O mundo mais justo e solidário a que aspiramos só será viável se tivermos coragem de construir juntos o nosso futuro. Esse é o significado estratégico da integração bilateral. Não há nada mais emancipador do que a irmandade dos povos que vêm desde o alvorecer da nossa história para tomar posse do seu futuro", defendem.
Segundo o "Financial Times", a ideia brasileira seria chamar a nova moeda de "sur". O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, afirmou que, entre os planos, está convidar os demais países sul-americanos a participar do debate sobre o assunto.
"Haverá uma decisão de começar a estudar os parâmetros necessários para uma moeda comum. Isso inclui desde questões fiscais até o tamanho da economia e o papel dos bancos centrais", explicou.
Ele, porém, pregou cautela. "Não quero criar falsas expectativas. É o primeiro passo de longo caminho que a América Latina deve percorrer", continuou.
Haddad negou ideia de moeda única
No início do mês, o ministro da Fazenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad (PT), negou a existência de planos a respeito do tema.
"Não existe moeda única, não existe essa proposta. Vai se informar primeiro", respondeu, em tom irritado, a um repórter que havia feito pergunta sobre o assunto após a posse de Simone Tebet (MDB) no Ministério do Planejamento.
Antes, o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, chegou a dizer que havia tratado do assunto em reunião com Haddad.
Lula inicia viagens internacionais
Segundo a agenda oficial do Palácio do Planalto, Lula vai deixar Brasília (DF) rumo à Argentina às 18h de hoje. Nesta semana, líderes latino-americanos estarão em Buenos Aires, a capital argentina, por ocasião de encontro da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Essa será a primeira viagem internacional de Lula desde a posse para o terceiro mandato como presidente. Depois da Argentina, o petista deve passar pelo Uruguai.