Jornal Estado de Minas

FUNAI

Governo exonera 33 coordenadores da Funai após crise com Yanomamis

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 33 coordenadores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e dispensou outros quatro servidores que ocupavam cargos de coordenação.

As publicações foram divulgadas em edição extra do Diário Oficial da União de segunda-feira (23/1). 





As mudanças ocorrem em meio a decisão do Ministério da Saúde de decretar estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária que atinge os yanomamis.

 

Também foram exonerados cinco cargos como assessores da presidência e o chefe de gabinete da fundação, assim como o diretor do Museu do Índio da Funai. Foi dispensado ainda o corregedor da Funai. 

Crise com yanomamis 

Região com 30 mil habitantes em Roraima, a terra indígena yanomami tem atualmente crianças e idosos em estado grave de saúde, principalmente com desnutrição grave, malária e infecções respiratórias.

 

Em visita a Boa Vista, no sábado (21/1), o presidente Lula anunciou auxílio aos habitantes da região e combate ao garimpo ilegal. Na data, o petista disse ter visto durante a semana fotos que o abalaram e que a situação encontrada foi de abandono.





 

"Se alguém me contasse que aqui em Roraima tinha pessoas sendo tratadas de forma desumana, como vi o povo yanomami ser tratado aqui, eu não acreditaria", disse o presidente.

 

Na segunda (23), também foram exonerados 11 chefes distritais da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Entre eles está Marcio Sidney Sousa Cavalcante, que era o coordenador distrital de Saúde Indígena do leste de Roraima.