O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou, nesta terça-feira (24/1), que o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) cometeu abuso de poder econômico e se beneficiou de caixa dois durante a campanha ao Senado, pelo Paraná.
A denúncia foi feita à Justiça em 23 de dezembro, mas estava sob sigilo até 17 de janeiro. As informações foram adiantadas pelo colunista Rogério Gentile, do UOL.
"O que se inicia como uma imputação de arrecadação de doações eleitorais estimáveis não contabilizadas, passa pelo abuso de poder econômico e termina com a demonstração da existência de fortes indícios de corrupção eleitoral", disse o PL na ação.
Leia Mais
José Múcio sobre acampamentos bolsonaristas: 'Virou um clube de amigos'Lula sobre alianças na América do Sul: 'Brasil está de volta'PT e outros partidos à esquerda garantem 20 votos a Tadeuzinho na ALMGBolsonaro sobre Lei Rouanet no governo Lula: 'Recomeçou a festa'Casas populares e Anel Rodoviário pautam conversa entre Fuad e PachecoBolsonaro: Yanomamis pediram internet em visita em 2021O partido alega que houve “desequilíbrio” na disputa ao Senado, provocado por “abuso de poder econômico”. Isso fez com que Moro tivesse mais chances de vencer. Moro se elegeu com 1,9 milhão de votos (33,5%), ficando à frente de Paulo Martins, do PL, que obteve 1,7 milhão de votos (29,1%).
Para o partido, Moro ter anunciado a pré-candidatura à Presidência pelo Podemos foi apenas uma forma de ele driblar a legislação e o teto de gastos da disputa ao Senado.
De acordo com a legenda de Bolsonaro, o ex-juiz teria gastado pelo menos R$ 6,7 milhões com a pré-campanha e a campanha. O máximo permitido para campanha ao Senado é de cerca de R$ 4,4 milhões.
O PL argumenta que, com dinheiro acima do permitido, a chance de vitória aumentou.
A ação do PL também afirma que Moro burlou a legislação eleitoral ao exigir que os partidos e fundações partidárias contratassem empresas de amigos.