O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador mineiro Romeu Zema (Novo) têm encontro confirmado na manhã de sexta-feira (27/1), em Brasília (DF). Nesta terça-feira (24/1), a equipe de Zema informou, ao Estado de Minas, que ele vai participar da reunião convocada por Lula para ouvir, dos governadores, os três projetos federais considerados prioritários para cada unidade da federação.
Zema vai conversar com Lula menos de duas semanas após sugerir "vista grossa" do governo federal ante o movimento golpista que tomou os prédios dos Três Poderes no dia 8 deste mês. A fala gerou reações públicas de ministros do governo petista, como Flávio Dino, da Justiça, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia.
O governo não confirma a pauta que Zema pretende levar à reunião, marcada para ocorrer no Palácio do Planalto. Apesar disso, em novembro do ano passado, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) enviou, ao gabinete de transição, um documento que compilava as pautas consideradas essenciais para Minas.
No dossiê montado pela Seinfra, estavam temas como a defesa da concessão, à iniciativa privada, de um trecho da BR-381 - entre Belo Horizonte e Governador Valadares. As vendas do metrô belo-horizontino e das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A (CeasaMinas). O apoio a aeroportos regionais do estado também foi reivindicado.
"Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse, posteriormente, de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso", disse, em entrevista à "Rádio Gaúcha".
Ao condenar a postura de Zema, o mineiro Alexandre Silveira classificou a declaração como "absurda" e "estarrecedora". "Essa postura em nada colabora para a apuração dos fatos criminosos nem para a pacificação que se espera do País. Ao contrário, inventa teorias absurdas. As ações criminosas de extremistas em atos antidemocráticos são inadmissíveis e deverão ser punidas com o rigor da lei", rebateu.
Dino, por sua vez, comparou o político do Novo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração gerou reações.
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele. É preciso que ele tenha algum amigo sincero que diga a ele... Primeiro porque Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, é a terra da democracia... Então não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terroristas
Desde antes do primeiro turno eleitoral, Lula vinha falando sobre a ideia de promover um fórum com todos os governadores. Segundo ele, a ideia é debater "os interesses de cad estado".
"Não quero saber de que partido é o governador. A única coisa que me interessa é saber que ele foi eleito. E, se ele foi eleito, tenho que respeitá-lo, da mesma forma que quero que me respeitem, pois fui eleito", pontuou.
Zema vai conversar com Lula menos de duas semanas após sugerir "vista grossa" do governo federal ante o movimento golpista que tomou os prédios dos Três Poderes no dia 8 deste mês. A fala gerou reações públicas de ministros do governo petista, como Flávio Dino, da Justiça, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia.
O governo não confirma a pauta que Zema pretende levar à reunião, marcada para ocorrer no Palácio do Planalto. Apesar disso, em novembro do ano passado, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) enviou, ao gabinete de transição, um documento que compilava as pautas consideradas essenciais para Minas.
No dossiê montado pela Seinfra, estavam temas como a defesa da concessão, à iniciativa privada, de um trecho da BR-381 - entre Belo Horizonte e Governador Valadares. As vendas do metrô belo-horizontino e das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S/A (CeasaMinas). O apoio a aeroportos regionais do estado também foi reivindicado.
Crise pública entre Zema e ministros
No dia seguinte aos atos terroristas na capital federal, Zema foi a Brasília participar de uma reunião com Lula e outros chefes dos Executivos estaduais. O encontro simbolizou ato de defesa da democracia e repúdio a pedidos inconstitucionais de intervenção militar. Na semana passada, porém, o governador mineiro levantou a hipótese de condescendência das autoridades federais com os extremistas que depredaram o Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF)."Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse, posteriormente, de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso", disse, em entrevista à "Rádio Gaúcha".
Ao condenar a postura de Zema, o mineiro Alexandre Silveira classificou a declaração como "absurda" e "estarrecedora". "Essa postura em nada colabora para a apuração dos fatos criminosos nem para a pacificação que se espera do País. Ao contrário, inventa teorias absurdas. As ações criminosas de extremistas em atos antidemocráticos são inadmissíveis e deverão ser punidas com o rigor da lei", rebateu.
Dino, por sua vez, comparou o político do Novo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração gerou reações.
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele. É preciso que ele tenha algum amigo sincero que diga a ele... Primeiro porque Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, é a terra da democracia... Então não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terroristas
Reunião é promessa de campanha
Desde antes do primeiro turno eleitoral, Lula vinha falando sobre a ideia de promover um fórum com todos os governadores. Segundo ele, a ideia é debater "os interesses de cad estado".
"Não quero saber de que partido é o governador. A única coisa que me interessa é saber que ele foi eleito. E, se ele foi eleito, tenho que respeitá-lo, da mesma forma que quero que me respeitem, pois fui eleito", pontuou.