Carlos Henrique Menezes Sobral foi nomeado nesta terça-feira (24/1) para ocupar o cargo de secretário de Sustentabilidade, Desenvolvimento Territorial e Infraestrutura em Turismo, do Ministério do Turismo.
A pasta é comandada por Daniela Carneiro (União Brasil), ministra que provocou desgaste no governo durante os primeiros dias da nova gestão por sua ligação política com milicianos, como revelou a Folha de S.Paulo.
A nomeação foi assinada pelo titular da Casa Civil, o petista Rui Costa. O ministro foi procurado, mas não explicou a indicação.
Ministério do Turismo
Procurado, Carlos Henrique Menezes Sobral não se pronunciou. O Ministério do Turismo também não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre os critérios que levaram à escolha do novo secretário.
Carlos Henrique Menezes Sobral é apontado como um quadro do MDB, que foi apadrinhado pelo ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima. Também foi assessor especial do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha desde os tempos de liderança do partido na Casa.
Cunha tornou-se o principal desafeto de Dilma Rousseff, ao levar adiante o processo de impeachment contra a ex-presidente. Nesse início de governo, Dilma vem sendo ovacionada nas cerimônias de posse de ministros e eventos no Palácio do Planalto. Lula e demais petistas tratam sua deposição como um golpe.
O agora secretário do Ministério do Turismo também passou os últimos quatro anos em diversos cargos de relevo da gestão Bolsonaro, chegando a ser cotado para se tornar ministro.
Ministério da Cidadania
No Ministério da Cidadania, por exemplo, sob os comandos de Osmar Terra (MDB) e depois com Onyx Lorenzoni (PL), foi diretor parlamentar e federativo da Secretaria Executiva. Chegou nessa pasta a ser indicado para o conselho do Sesc.
Depois, foi assessor especial do ministro Marcelo Queiroga (Saúde), em um momento em que os petistas criticavam o governo pela lentidão na vacinação contra a Covid-19.
Carlos Henrique Menezes Sobral por fim foi nomeado secretário-executivo da Secretaria de Governo, o que significa o número 2 da pasta então comandada por Flávia Arruda. Durante um momento de fritura da ministra, ele chegou a ser cotado para substituí-la.
Permaneceu no cargo até o apagar das luzes do governo Bolsonaro, tendo a sua exoneração publicada no dia 30 de dezembro de 2022.