Os deputados federais petistas Reginaldo Lopes (MG) e Zeca Dirceu (PR) apresentaram, ao Tribunal de Contas da União (TCU), uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares querem que a Corte de Contas apure os custos das motociatas, série de passeios a duas rodas que Bolsonaro e apoiadores fizeram por diversas cidades do Brasil. O documento, que inclui pedido para a restituição dos gastos, foi enviado nessa terça-feira (24/1) ao ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal.
"É irrefutável o desvio de finalidade no uso do cartão corporativo da Presidência da República nos eventos apelidados de "motociata", devendo os responsáveis devolver os recursos ao erário, além de sofrer as consequências administrativas pertinentes", lê-se em trecho da petição dos parlamentares.
O levantamento a respeito dos custos das motociatas foi feito a partir de 2 mil documentos, classificados como "reservados", mas obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Os papéis analisados foram anexados à prestação de contas do cartão corporativo. A agência "Fiquem Sabendo", especializada em destrinchar dados fornecidos pela LAI, também participou da coleta de informações.
Segundo Reginaldo Lopes, que lidera a bancada do PT na Câmara, é preciso que Bolsonaro seja investigado por "crime eleitoral" e "corrupção". "Com 33 milhões de brasileiros passando fome, o ex-presidente da República (estava) usando dinheiro público, gastando R$ 100 mil em cada motociatal, fazendo campanha antecipada, crime eleitoral, e abandonando nossas comunidades indígenas, em um verdadeiro genocídio", protestou, em menção ao recente caso dos Yanomamis.
A última vez que uma comitiva de motos liderada por Bolsonaro saiu às ruas foi em Belo Horizonte. O evento aconteceu em 29 de outubro, véspera do segundo turno presidencial, vencido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À ocasião, porem, o capitão reformado abriu mão de pilotar uma motocicleta e desfilou em carro aberto.
Ao TCU, Reginaldo e Dirceu, que vai substituí-lo na liderança do PT, afirmam que as motociatas "não tinham qualquer interesse público".
"O prejuízo causado aos cofres públicos pelo senhor Jair Messias Bolsonaro em razão da realização de evento de caráter indisputavelmente pessoal, sem qualquer interesse público, porém, às custas de dinheiro público deve ser ressarcido em sua integralidade aos cofres públicos, para que possa ser destinado a ações de interesse da coletividade", reivindicam.
Em maio de 2021, em um dos passeios no Rio de Janeiro, Bolsonaro gastou R$ 116 mil em suporte local de policiais militares, tropa de choque, socorristas e agentes do Exército.
Em outras viagens, mais de 200 integrantes das Forças Armadas chegaram a ser empregados. Entre os funcionários estavam pilotos, motoristas, seguranças e integrantes do evento.
"É irrefutável o desvio de finalidade no uso do cartão corporativo da Presidência da República nos eventos apelidados de "motociata", devendo os responsáveis devolver os recursos ao erário, além de sofrer as consequências administrativas pertinentes", lê-se em trecho da petição dos parlamentares.
O levantamento a respeito dos custos das motociatas foi feito a partir de 2 mil documentos, classificados como "reservados", mas obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Os papéis analisados foram anexados à prestação de contas do cartão corporativo. A agência "Fiquem Sabendo", especializada em destrinchar dados fornecidos pela LAI, também participou da coleta de informações.
Segundo Reginaldo Lopes, que lidera a bancada do PT na Câmara, é preciso que Bolsonaro seja investigado por "crime eleitoral" e "corrupção". "Com 33 milhões de brasileiros passando fome, o ex-presidente da República (estava) usando dinheiro público, gastando R$ 100 mil em cada motociatal, fazendo campanha antecipada, crime eleitoral, e abandonando nossas comunidades indígenas, em um verdadeiro genocídio", protestou, em menção ao recente caso dos Yanomamis.
A última vez que uma comitiva de motos liderada por Bolsonaro saiu às ruas foi em Belo Horizonte. O evento aconteceu em 29 de outubro, véspera do segundo turno presidencial, vencido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À ocasião, porem, o capitão reformado abriu mão de pilotar uma motocicleta e desfilou em carro aberto.
Ao TCU, Reginaldo e Dirceu, que vai substituí-lo na liderança do PT, afirmam que as motociatas "não tinham qualquer interesse público".
"O prejuízo causado aos cofres públicos pelo senhor Jair Messias Bolsonaro em razão da realização de evento de caráter indisputavelmente pessoal, sem qualquer interesse público, porém, às custas de dinheiro público deve ser ressarcido em sua integralidade aos cofres públicos, para que possa ser destinado a ações de interesse da coletividade", reivindicam.
Gastos no cartão
Em maio de 2021, em um dos passeios no Rio de Janeiro, Bolsonaro gastou R$ 116 mil em suporte local de policiais militares, tropa de choque, socorristas e agentes do Exército.
Em outras viagens, mais de 200 integrantes das Forças Armadas chegaram a ser empregados. Entre os funcionários estavam pilotos, motoristas, seguranças e integrantes do evento.