O ex-presidente Michel Temer (MDB) respondeu, nesta quarta-feira (25/1), à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o chamou de "golpista" hoje em entrevista coletiva em Montevidéu, no Uruguai.
"Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição", escreveu Temer nas redes sociais. "Recomendo ao presidente Lula que governe olhando para a frente, defendendo a verdade, praticando a harmonia e pregando a paz", seguiu.
Para o ex-presidente, as únicas coisas que ele destruiu foram índices econômicos negativos. "Como se vê, com a nossa chegada ao governo o Brasil não sofreu um golpe institucional, foi sim 'vítima' de um Golpe de Sorte", afirmou.
"Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição", escreveu Temer nas redes sociais. "Recomendo ao presidente Lula que governe olhando para a frente, defendendo a verdade, praticando a harmonia e pregando a paz", seguiu.
Para o ex-presidente, as únicas coisas que ele destruiu foram índices econômicos negativos. "Como se vê, com a nossa chegada ao governo o Brasil não sofreu um golpe institucional, foi sim 'vítima' de um Golpe de Sorte", afirmou.
Durante visita ao Uruguai, Lula disse ter herdado um país "semidestruído" e que isso o obriga a estabelecer metas para o Brasil. O presidente brasileiro chamou Temer de “golpista” ao citar que todo o benefício social que os governos petistas implementaram no país foi destruído.
“Hoje, o Brasil tem 33 milhões de pessoas passando fome. Significa que quase tudo que fizemos de benefício social no meu país, em 13 anos de governo, foi destruído em seis anos, ou em sete anos, nos três do golpista Michel Temer, e quatro, do governo Bolsonaro”, disse Lula.
Ao lado do presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, Lula disse ainda que sua relação com ele “não tem viés ideológico". O político é considerado de centro-direita.
O brasileiro também agradeceu a presença de Lacalle em sua posse e relembrou as relações dilomáticas entre Brasil e Uruguai durante seus governos anteriores.
“Obrigado por ter ido à minha posse no dia 1° de janeiro e por ter levado outros dois ex-presidentes do Uruguai. Tenho orgulho de ter sido um presidente que manteve relações extraordinárias com o Uruguai, do ponto de vista social e político”, disse Lula.
Lula disse que, desde que assumiu em 2003, decidiu que o Brasil, por ser o mais país da América Latina, deveria ter “uma política generosa”. “Fazia parte da nossa missão contribuir para que todos os países crescessem juntos. O Brasil não pode crescer sozinho.”
“A minha relação como chefe de Estado não tem viés ideológico. Os presidentes não precisam pensar como eu, nem gostar de mim do ponto de vista pessoal. A relação entre chefes de Estado tem que ter respeito à soberania de cada país e o interesse de fazer o bem para o povo”, seguiu Lula.
Lula chegou a Montevidéu hoje para discutir a flexibilização do Mercosul.
O presidente visitou Luis Lacalle Pou, de centro-direita, mas, também buscando dar apoio à esquerda local, vai se encontrar com seu amigo José Mujica, ex-presidente uruguaio.
O Mercosul vive uma profunda crise em meio à decisão do Uruguai de negociar um Tratado de Livre-Comércio (TLC) com a China e solicitar a entrada no Acordo Transpacífico sem o consentimento de seus parceiros Brasil, Argentina e Paraguai, que alertaram que o bloco pode rachar.
Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) se aproximou da postura uruguaia, que defende a abertura do bloco fundado em 1991 para explorar acordos comerciais bilaterais com países de fora da zona, Lula concorda com as fortes objeções de Buenos Aires e Assunção.
Os três países argumentam que o tratado fundador do bloco estabelece que qualquer TLC com nações fora do Mercosul requer a aprovação de todos os membros do grupo e que a violação dessa regra põe em risco o futuro do processo.