O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, admitiu que as cópias da minuta golpista estavam “na casa de todo mundo”, e não somente em posse do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Em entrevista ao jornal O Globo, ele ressaltou que recebeu a proposta por Correio, mas nunca chegou a tocar no assunto.
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Segundo Valdemar Costa Neto, Torres “nunca falou nesses assuntos” com ele. “Um dia eu falei: ‘Tudo que temos que fazer tem que ser dentro da lei’. Ele falou: ‘Tem que ser dentro das quatro linhas da Constituição’”, destacou.
O líder do PL, no entanto, confirmou que recebeu a proposta várias vezes. “Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar”, disse.
O líder do PL, no entanto, confirmou que recebeu a proposta várias vezes. “Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar”, disse.
“Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei. A pressão em cima dele foi uma barbaridade. Como o pessoal acha que ele é muito valente, meio alterado, meio louco, achava que ele podia dar o golpe. Ele não fez isso porque não viu maneira de fazer. Agora, vão prendê-lo por causa disso?”, completou.
Valdemar continuou: “Aquela proposta que tinha na casa do ministro da Justiça, isso tinha na casa de todo mundo. Muita gente chegou para mim agora e falou: ‘Pô, você sabe que eu tinha um papel parecido com aquele lá em casa. Imagina se pegam’”.
No dia 12 de janeiro, a Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.
Nas redes sociais, Torres se justificou dizendo que esses documentos estavam em seu armário para serem descartados e "triturados". Naquela altura, a prisão do antigo integrante do governo Bolsonaro já havia sido ordenada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Anderson está recluso na sede do 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Minuta golpista
No dia 12 de janeiro, a Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres uma minuta de decreto para o então presidente Jair Bolsonaro (PL) instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O objetivo era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.
Nas redes sociais, Torres se justificou dizendo que esses documentos estavam em seu armário para serem descartados e "triturados". Naquela altura, a prisão do antigo integrante do governo Bolsonaro já havia sido ordenada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Anderson está recluso na sede do 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).