A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou o vereador belo-horizontino Léo Burguês (União Brasil). A solicitação foi feita após a conclusão de inquérito que investigou suspeita de "rachadinha" no gabinete mantido pelo parlamentar na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). O fim da apuração e o envio das conclusões à Justiça foram confirmados nesta sexta-feira (27/1) pela corporação ao Estado de Minas.
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A apuração em torno das "rachadinhas" tratou também da possível contratação de funcionários-fantasma.
O que diz Burguês?
Procurado pela reportagem, Burguês relatou "perplexidade" e "indignação". "Todos os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostraram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato", lê-se em trecho de nota encaminhada pela equipe dele.
Líder de governo durante parte do mandato do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), Burguês disse ter "patrimônio compatível com os ganhos" como vereador.
"A única irregularidade existente é o vazamento de informações de um procedimento ainda embrionário que corre em segredo de Justiça para a imprensa, o que inevitavelmente atinge minha honra, minha vida pessoal e meu mandato", criticou, em menção ao fato de o resultado do inquérito ter se tornado público.
Tumulto, BOs e empurra-empurra
Durante a sessão que elegeu Gabriel Azevedo (sem partido) para comandar a Câmara de BH, em dezembro, Léo Burguês foi um dos protagonistas de desentendimento que terminou, inclusive, com boletins de ocorrência (BOs).
Azevedo venceu Claudiney Dulim (Avante) por 21 a 20. Burguês, apoiador de Dulim, esperava o voto de Ramon Bibiano da Casa de Apoio (PSD), que optou pela chapa rival. Antes do pleito, o vereador do União Brasil acusou colegas pró-Azevedo de tentarem coagir Bibiano.
Por causa da confusão, Rubão (PP) acionou a Polícia acusando Burguês de agressão. Nely Aquino (Podemos), por sua vez, disse ter sido vítima de calúnia. À época, ele refutou as alegações dos colegas.