O governador mineiro, Romeu Zema (Novo), disse nesta sexta-feira (27/1) que a relação dele com os integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é "a melhor possível".
Zema desembarcou em Belo Horizonte na tarde de hoje, após se reunir com Lula e outros chefes dos Executivos estaduais em Brasília (DF). Parte dos governadores almoçou com o petista na capital federal. O político do Novo afirmou ter sido convidado de "última hora" para a refeição e que, por ter assumido compromissos anteriormente, não pôde estender a viagem ao Planalto Central.
"A relação é a melhor possível. É uma relação boa que, com o tempo, só vai melhorar. Muitos governadores já tinham compromissos e tiveram de sair antes do almoço. Fomos convidados de última hora. Então, ficaria difícil para alguns estar remarcando os compromissos", disse, após a cerimônia de reinauguração da Biblioteca Pública do Estado de Minas Gerais, na Praça da Liberdade, em BH. O espaço voltou a funcionar depois de três anos e meio com as portas fechadas.
A reunião convocada por Lula serviu para que os governadores levassem ao Palácio do Planalto as demandas prioritárias de cada região. O encontro começou às 9h30. Depois, às 14h30, no Palácio do Itamaraty, o presidente da República recebeu participantes da conferência para um almoço.
"Optei por vir, porque tinha alguns compromissos em Belo Horizonte. Inclusive, cheguei atrasado aqui (à reinauguração da biblioteca) Mas, tenho certeza, iremos caminhar para um bom diálogo. O presidente disse que vai visitar todos os estados. Ele será muito bem-vindo quando vier visitar os mineiros", emendou o político do Novo.
O acordo de Mariana, debatido pelos governos mineiro e capixaba em virtude do rompimento da barragem de Fundão, em 2015, também entrou em pauta. Zema crê que a entrada da União nas negociações pode acelerar o desfecho do caso e a pactuação de uma indenização. O governo Lula prepara uma reunião para tratar do tema.
A declaração incomodou ministros, a ponto de o mineiro Alexandre Silveira (PSD), das Minas e Energia, classificar a fala como "estarrecedora".
"Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse, e ele se fizesse, posteriormente, de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso", sugeriu Zema em entrevista à Rádio Gaúcha.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), uma das peças participantes da apuração a respeito do movimento radical, rebateu o governador mineiro e o comparou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele. É preciso que ele tenha algum amigo sincero que diga a ele... Primeiro porque Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, da democracia... Então não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terroristas".
Zema desembarcou em Belo Horizonte na tarde de hoje, após se reunir com Lula e outros chefes dos Executivos estaduais em Brasília (DF). Parte dos governadores almoçou com o petista na capital federal. O político do Novo afirmou ter sido convidado de "última hora" para a refeição e que, por ter assumido compromissos anteriormente, não pôde estender a viagem ao Planalto Central.
"A relação é a melhor possível. É uma relação boa que, com o tempo, só vai melhorar. Muitos governadores já tinham compromissos e tiveram de sair antes do almoço. Fomos convidados de última hora. Então, ficaria difícil para alguns estar remarcando os compromissos", disse, após a cerimônia de reinauguração da Biblioteca Pública do Estado de Minas Gerais, na Praça da Liberdade, em BH. O espaço voltou a funcionar depois de três anos e meio com as portas fechadas.
A reunião convocada por Lula serviu para que os governadores levassem ao Palácio do Planalto as demandas prioritárias de cada região. O encontro começou às 9h30. Depois, às 14h30, no Palácio do Itamaraty, o presidente da República recebeu participantes da conferência para um almoço.
"Optei por vir, porque tinha alguns compromissos em Belo Horizonte. Inclusive, cheguei atrasado aqui (à reinauguração da biblioteca) Mas, tenho certeza, iremos caminhar para um bom diálogo. O presidente disse que vai visitar todos os estados. Ele será muito bem-vindo quando vier visitar os mineiros", emendou o político do Novo.
BRs e acordo de Mariana em pauta
A Lula, Zema apresentou uma pauta cujo conteúdo já havia sido adiantado pelo Estado de Minas nesta semana. Ele pediu esforços do governo federal na revitalização e na concessão à iniciativa privada de BRs como a 262 e a 381.O acordo de Mariana, debatido pelos governos mineiro e capixaba em virtude do rompimento da barragem de Fundão, em 2015, também entrou em pauta. Zema crê que a entrada da União nas negociações pode acelerar o desfecho do caso e a pactuação de uma indenização. O governo Lula prepara uma reunião para tratar do tema.
Zema insinuou 'vista grossa' do governo federal
A visita de Zema a Lula aconteceu menos de duas semanas após o político do Novo sugerir "vista grossa" do governo federal ante o ato golpista que tomou os prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro.A declaração incomodou ministros, a ponto de o mineiro Alexandre Silveira (PSD), das Minas e Energia, classificar a fala como "estarrecedora".
"Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse, e ele se fizesse, posteriormente, de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso", sugeriu Zema em entrevista à Rádio Gaúcha.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), uma das peças participantes da apuração a respeito do movimento radical, rebateu o governador mineiro e o comparou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Me espanta que o governador Zema tente vestir a roupa do Bolsonaro. Não cabe nele. É preciso que ele tenha algum amigo sincero que diga a ele... Primeiro porque Minas Gerais é a terra de Tiradentes, de Tancredo Neves, da democracia... Então não é possível que um governador de modo vil se alinhe à extrema direita para proteger terroristas".